ATA DA DÉCIMA
SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 09-3-2016.
Aos nove dias do mês de
março do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto
Ferronato, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Dr. Raul Fraga, Engº Comassetto,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Rodrigo Maroni e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr.
Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Prof. Alex Fraga,
Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À
MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 294/15 (Processo
nº 2936/15), de autoria de Alberto Kopittke, e o Projeto de Lei do Legislativo
nº 018/16 (Processo nº 0281/16), de autoria de Márcio Bins Ely. Também, foi
apregoado o Memorando nº 027/16, de autoria de Cassio Trogildo, Presidente da
Câmara Municipal de Porto Alegre, informando que Jussara Cony representará
externamente este Legislativo, no dia nove de março do corrente, na Sessão
Solene da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em Homenagem ao
Dia Internacional da Mulher, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro do
Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
Sofia Cavedon, Rodrigo Maroni, Clàudio Janta, Engº Comassetto e Fernanda
Melchionna. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 009/16, de autoria de Márcio
Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua
participação, do dia trinta de março ao dia quatro de abril do corrente, na
Reunião do Comitê da Internacional Socialista para a América Latina e Caribe,
em Santo Domingo, República Dominicana. Às quatorze horas e cinquenta e um
minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
005/13 (Processo nº 0107/13), após ser discutido por Marcelo Sgarbossa,
Reginaldo Pujol, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon, Engº Comassetto, Cassio
Trogildo, Idenir Cecchim, Fernanda Melchionna, Kevin Krieger, Paulinho
Motorista, João Carlos Nedel e Tarciso Flecha Negra. Na ocasião, foi apregoada
a Emenda nº 02, assinada por Kevin Krieger, ao Projeto de Lei do Legislativo nº
005/13. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria de Marcelo Sgarbossa,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 005/13. Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 005/13, por vinte e sete votos SIM, em votação nominal
solicitada por Clàudio
Janta, tendo votado Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Dr. Thiago, Engº Comassetto,
Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio
Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e
Tarciso Flecha Negra. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 005/13, por
vinte e nove votos SIM, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Goulart, Dr. Raul Fraga, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota,
Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. A seguir, foi aprovado Requerimento
verbal formulado por Sofia Cavedon, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Votação Nominal, 1º Turno,
foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/15 (Processo nº
0580/15), por vinte e sete votos SIM e duas ABSTENÇÕES, tendo votado Sim Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof.
Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra e optado pela Abstenção Márcio Bins Ely e Reginaldo Pujol. Após, foi
apregoado documento de autoria de Mario Manfro, informando sua filiação ao
Partido Trabalhista Brasileiro. A seguir, Mario Manfro foi eleito 3º
Secretário, por vinte e sete votos SIM, em votação nominal solicitada por
Cassio Trogildo, tendo votado Airto
Ferronato, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro,
Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol,
Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Em
Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 008/13 (Processo nº 0628/13), por dez votos SIM, dezesseis votos
NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser discutido por Marcelo Sgarbossa, Airto Ferronato,
Sofia Cavedon, João Carlos Nedel e Reginaldo Pujol e encaminhado à votação por
João Carlos Nedel e Marcelo Sgarbossa, em votação nominal solicitada por Cassio
Trogildo, tendo votado Sim Airto Ferronato, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Paulinho Motorista,
Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota e Sofia Cavedon, votado Não Bernardino
Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Rodrigo
Maroni e Waldir Canal e optado pela Abstenção Lourdes Sprenger. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Nereu D'Avila, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Votação, foi
aprovado o Requerimento nº 151/15 (Processo nº 2744/15), após ser encaminhado à
votação por Nereu D'Avila, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Elizandro
Sabino, Prof. Alex Fraga e Delegado Cleiton. Após, foi aprovado Requerimento
verbal formulado por Clàudio Janta, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Votação, foi aprovada a
Indicação nº 043/15 (Processo nº 2368/15), após ser encaminhada à votação por
Sofia Cavedon, Clàudio Janta e Mauro Pinheiro. Em prosseguimento, foram
aprovados Requerimentos verbais formulados por Márcio Bins Ely e Reginaldo
Pujol, solicitando alterações na ordem de apreciação da matérias constante da
Ordem do Dia. Em Votação, foi aprovada a Indicação nº 003/16 (Processo nº
0185/16), após ser encaminhada por Clàudio Janta. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/14 (Processo nº 0415/14). A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Sofia Cavedon alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 018/15 (Processo nº
1559/15), após ser discutido por Sofia Cavedon. Após, foram aprovados
Requerimentos verbais formulados por Márcio Bins Ely e Marcelo Sgarbossa,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Votação, foram aprovados a Indicação nº 054/15, o Requerimento nº
129/15 e a Indicação nº 050/15 (Processos nos 3001, 2332 e 2837/15,
respectivamente). Durante a apreciação do Requerimento nº 129/15 e da Indicação
nº 050/15, Delegado Cleiton se afastou da presidência dos trabalhos, nos termos
do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de
Lei do Legislativo nº 048/14 (Processo nº
0593/14),
o qual teve sua discussão suspensa, em face da inexistência de quórum
deliberativo. Durante a
sessão, Sofia Cavedon, Reginaldo Pujol e Clàudio Janta manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Às dezoito horas e nove minutos, constatada a
inexistência de quórum, em verificação solicitada por João Carlos Nedel, o
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a
próxima sessão ordinária. Os
trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo, Paulo Brum, Guilherme Socias
Villela, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino e Márcio Bins Ely e secretariados
por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Boa tarde, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
Presidente Paulo Brum, prezados, queridas mulheres e homens, recicladores e
recicladoras. A nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, que eu represento neste
momento – Ver. Engº Comassetto, Ver. Marcelo Sgarbossa, Ver. Alberto Kopittke e
eu –, os cumprimenta e diz que esta pauta muita justa, ambiental, que garante
dignidade às trabalhadoras e aos trabalhadores da reciclagem e garante o
serviço essencial é uma pauta que nós vamos tratar com muito carinho. Queremos
que esta tarde seja de vitória do meio ambiente, de um trabalho digno de quem
faz um trabalho essencial para a nossa população, que são vocês, as
recicladoras e os recicladores. Combinamos, agora, com o Líder do Governo, Ver.
Kevin Krieger, tentar construir uma emenda que corresponda à melhor construção
deste tema – tenho certeza de que vai dar certo –, e o Ver. Marcelo Sgarbossa
está nos liderando nesse tema neste momento.
Eu
preciso contar para vocês que a Bancada do Partido dos Trabalhadores
protocolou, no início desta tarde, um projeto de lei para contribuir de forma
definitiva com o tema do transporte público da cidade de Porto Alegre, da
passagem do ônibus, do controle da qualidade desse transporte público, do
controle do serviço que é prestado de forma terceirizada em grande medida por
empresas privadas e, em outra parte, pela nossa empresa, a Carris. Na licitação
do
ano passado, nos três esforços de licitação, a Prefeitura deixou de garantir o
que nós, no ano passado, tentamos votar nesta Casa: que a Prefeitura controle
todos os recursos do transporte público, os recursos do vale-transporte,
comprado pelo empresário no dia 25 do mês e entregue ao trabalhador empregado.
Isso representa muito dinheiro que entra numa conta que, desde que o Prefeito
Fogaça assumiu, depois que as administrações populares saíram, passou para o
controle da Associação dos Transportadores de Passageiros – ATP, ou seja, para
o controle privado; todo o dinheiro que entra no sistema de transporte
representa, mensalmente, R$ 62 milhões! E quem controla isso, quanto rende, o
que fica ali no banco, é a ATP; infelizmente não é a Prefeitura de Porto
Alegre! Protocolamos hoje, no início da tarde, uma lei… Fizemos um ato de vir de
ônibus do Centro para cá, porque vamos retomar as visitas ao ônibus, vamos
andar em trechos, junto com a população, a partir do dia de hoje, porque
queremos verificar esse novo sistema, o qual a Prefeitura argumenta que tem que
ser mais caro. Queremos verificar a qualidade, se melhorou, se pararam os
atrasos, se abrangeu aquelas comunidades que não tinham ônibus, que ficavam
isoladas, esperando horas por um ônibus, isso sem falar quando chega o fim de
semana, quando não tem nem perspectiva!. Então, nesta vinda de ônibus do Centro
para cá, trouxemos um projeto de lei que altera o art. 10 da Lei nº 8.133 de
1998, vedando ao Poder Público de repassar a Câmara de Compensação Tarifária –
CCT e o Sistema de Bilhetagem – SBE a terceiros; proíbe a Prefeitura de passar
esse sistema, seja do fundo, seja o controle tarifário, para as empresas
privadas – proíbe! E diz o seguinte: se o sistema tiver lucro - sabemos que
tem, indo infelizmente para os donos das empresas, não indo nem para o
trabalhador, nem para diminuir o custo da passagem, nem para a qualidade do
ônibus -, tem que entrar no sistema, tem que compor um fundo para construir o
passe livre na cidade de Porto Alegre. Nós queremos que este projeto de lei,
que vai construir, que vai garantir o controle público sobre esse tema do
ônibus, seja votado com muita brevidade, com muita seriedade por esta Casa,
porque na mão da empresa privada ela gera lucro, não gera um transporte
coletivo bom e barato. Obrigada, boa sorte aos catadores. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO
MARONI: Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras;
público que nos assiste aqui, o pessoal da cooperativa que se faz presente; é
muito importante a participação da população, independente de seu nicho e de
sua defesa, aqui no Parlamento, como uma forma de mostrar até para os
Vereadores, muitas vezes, o trabalho e a função de vocês. Então, parabéns pela
presença de vocês e estão sempre convidados para participar aqui. Quero fazer
uma saudação também aos colegas da Câmara de Vereadores e ao público que nos
assiste através da TVCâmara.
Eu até não queria falar hoje, Dr. Raul, porque
estou muito gripado, desde a sexta-feira passada, e não subiria aqui para falar
se não fosse algo determinante e muito importante. Ontem, além de ser o Dia da
Mulher – também quero fazer uma saudação às mulheres –, foi, efetivamente, um
dia marcante, na minha opinião, em todo o País para as pessoas que defendem os
animais, porque foi autorizada a construção do primeiro hospital público
veterinário do País. Pode parecer qualquer conquista para as pessoas que não
acompanham essa pauta, mas essa autorização não é qualquer conquista. Foi aqui,
nesta Câmara Municipal, que votamos a liberação do Parque Saint’Hilaire para a
construção desse hospital. Inclusive, no ano passado, eu coloquei esse tema na
Internet e discuti, dizendo que, independente de que partido o hospital público
viesse e de quem viesse – se fosse do PSOL, se fosse do PSDB, se fosse da
Luciana Genro, se fosse do Marchezan –, eu não me importaria, porque a causa
está acima de qualquer coisa. São milhares de animais salvos. Eu, que boto a
mão efetivamente na massa, estou embarrado porque hoje, em torno das 6h45min,
fui pegar um animal que tinha levado um tiro, porque agora uma prática que se
tem nas favelas e nas comunidades é a dos traficantes atirarem em animais
porque eles fazem barulho. Então o número de animais feridos por tiro, o número
de animais que é atropelado, que é estuprado, que é espancado, só quem
acompanha e vive na pele sabe, Ana – e tu, que gostas de animais, sabe que não
é pouco. Queria dizer que esse hospital público não é qualquer coisa, e eu
quero vê-lo pronto, porque projetos bonitos já temos muitos. A exemplo da
própria Copa, em várias cidades do País, infelizmente havia muitos projetos e
muitos não foram executados; eu acredito que esse hospital será. Mas existem
passos a serem dados que não são menores do que o projeto. Ele tem que ser 24
horas, porque ter um hospital público veterinário para atender em horário
comercial... Se um animal é atropelado às 17h30min, assim como uma pessoa, ele
sente dor. O animal atropelado, muitas vezes, não tem 20 ou 30 minutos de
resistência de vida. Então, tem que ser um hospital 24 horas, é fundamental, e
mais do que isso, ele tem que aumentar, porque são 151 leitos, mas a demanda é
muito maior. Hoje nós temos milhares de animais abandonados em Porto Alegre, e
milhares de animais que são atropelados, que são espancados, que são
assassinados, e 150 leitos efetivamente não suprirão essa demanda. Nós temos
que ter a Parceria Público-Privada, e eu acho que nós temos que ter postos de
saúde com parceria privada, assim como tem para seres humanos, para atender a
essa demanda. Porque tem clínica veterinária particular com 150 leitos, com 100
leitos. Então, um hospital que se dispõe a ser público... E isso não isenta, e
eu ouvi ontem alguns comentários e eu vou continuar falando aqui, porque, para
mim, não importa a questão partidária, não isenta a responsabilidade de Viamão,
que não tem nada de política pública, assim como não tem em Tramandaí – ou
quase nada. Para mim, se fosse para dar uma medalha para as duas cidades que
fazem mal aos animais, seria Viamão e Tramandaí – e o Litoral de um certo modo.
Então, não é porque liberaram um espaço, que tem essa parceria, que vai ter...
Tem que ter muito mais política pública em Viamão. E eu espero que outras
cidades do Estado peguem esse exemplo para transformar seus Municípios com o
hospital clínico veterinário.
Eu queria fazer uma indagação, Ver. Paulinho, neste
minuto que tenho agora, para convidar que os governantes estaduais também
peguem essa demanda, porque precisamos de um hospital público estadual
veterinário nas mais diversas regiões do Estado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, boa tarde. Queria
saudar o amigo companheiro de grandes lutas, o Toninho, e dizer que, realmente,
se nós incinerarmos o lixo de Porto Alegre, vamos estar incinerando centenas,
milhares de empregos. Com a dificuldade que as pessoas têm de trabalhar, de
manter o seu sustento, eu acho que temos que nos preocupar com essas pessoas
que fazem do lixo de Porto Alegre o seu sustento e o de sua família, com muita
dignidade, servindo de exemplo para outros países. O Toninho teve a
oportunidade de receber na sua residência dirigentes mundiais que viram como é
feita a reciclagem na cidade de Porto Alegre.
Também quero falar da ameaça da ATP de rasgar o
acordo feito com o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, ameaçando a
população, como se um acordo, assinado perante as partes, perante a Justiça,
homologado, pudesse simplesmente ser rasgado, ameaçando a população de uma
greve no sistema de transporte rodoviário, já que foi suspenso o reajuste
abusivo das passagens.
Quero usar este tempo de Liderança para falar de
uma coisa que ontem todos os brasileiros estranharam. No Dia Internacional das
Mulheres, a mulher que dirige esta Nação não se dirigiu às mulheres brasileiras
para falar o que seria o justo, o que seria o correto, o que era esperado por
todas as mulheres deste País no dia de ontem. Mas não
podia, realmente, a Presidente, de fato, se dirigir às mulheres brasileiras, a
Presidente que encaminha um projeto no Congresso Nacional para igualar uma
conquista histórica das mulheres, que é a diferença da aposentadoria – uma
conquista histórica das mulheres, que é se aposentar diferente dos homens. A
Presidente, que faz do seu mandato a Pátria educadora, até hoje não encaminhou
a construção das creches, e continuamos vendo as dificuldades dos Estados e dos
Municípios de manter as crianças dentro das escolas, sem falar na quantidade de
UPAS que não foram construídas e das que estão prontas e sequer foram abertas.
Além de tudo, se viu, ontem, na calada da noite, em uma reunião no Palácio, a
Presidente, num ato de desespero, tentando tirar o ex-Presidente Lula de
Curitiba, tentando tirá-lo da tutela de Sergio Moro, querendo levá-lo para o
arrasto infinito do Supremo Tribunal Federal, dando a ele um cargo de Ministro
para pegar o foro privilegiado, alegando que o que foi feito foi um abuso. Um
abuso é tudo que está se vendo na Lava Jato. Um abuso é tudo que está se vendo,
onde o príncipe das construtoras pegou 19 anos de prisão, não porque ele abriu
o bico, ele mesmo disse que o pai dele o ensinou a não fazer isso, e ele não
iria abrir o bico. Mas já falei aqui: um Presidente caiu, porque o motorista da
Elba delatou; um Ministro caiu, porque o jardineiro delatou; o Lula, foi o
porteiro do edifício que delatou que ele ia lá, que frequentava; o outro
porteiro, do outro edifício, disse que alugava a outra cobertura. E quanto ao
príncipe das construtoras, foi a secretária, Tarciso, que deu toda a lista de
como funciona o sistema. Tanto que o Juiz Sergio Moro disse que ele tem que
trazer coisas novas se ele quiser a delação premiada, porque a secretária deu
todo o serviço e o príncipe das construtoras pegou 19 anos de cadeia. Então, se
o Presidente não teme nada, ele não precisa fazer o circo, que nem ele queria
sair algemado. Ele não vai sair algemado, ele só tem que ir lá depor, só que
tem que ir lá explicar o triplex, o sítio, a outra cobertura alugada e o porquê
todas as empresas tiveram benefícios no seu Governo.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, é com muito prazer que venho a esta tribuna dizer
que o momento que o Brasil vive é um momento que exige de todos nós, antes de
mais nada, a defesa da Constituição Brasileira. A Constituição tem que ser
respeitada por todos, principalmente pelos Parlamentares que vêm a esta
tribuna.
É verdade que o
ex-Presidente Lula não está acima da lei, mas também não está abaixo dela. A
lei tem que valer para todos. O que está em debate neste País são as conquistas
recentes que os trabalhadores têm. Quem vem a esta tribuna, principalmente os
sindicalistas, têm que dizer que na era Lula os trabalhadores tiveram 87% de
ganho real no salário mínimo, coisa que nunca aconteceu. Tem que dizer que foi
o ex-Presidente Lula que fez o decreto que determinou que toda reciclagem, no
Brasil, começando pelos órgãos públicos, deve ser direcionada para as
cooperativas dos recicladores e dos catadores, que são quem fazem a diferença
ambiental nas cidades. E as Prefeituras, na maioria das cidades, não cumprem
isso. É isso que nós precisamos debater aqui. Tem que ser dito que o maior
programa habitacional já feito na história do Brasil tem que ser bem
administrado pelas Prefeituras e pelas entidades sociais, porque as casas que
são construídas não podem ser vendidas, porque as pessoas merecem. E não é como
está acontecendo lá na Restinga, por exemplo, que já está apontado pela
Prefeitura o despejo das 340 famílias que estão lá ocupando áreas públicas, sem
projeto para a periferia. É este o debate que precisamos fazer aqui. E nós o
fazemos. Queremos fazer o debate do conteúdo.
Prezado Villela, V.
Exa. já foi Prefeito, é de outro partido, temos divergência. Temos que fazer um
debate respeitoso. Inclusive, no dia 13, domingo, tem que haver respeito entre
as partes, tem que haver tolerância no debate. Não dá para vir aqui destilar
ódio e dizer que só alguns são culpados e que os demais são santinhos. Por
exemplo, o Paulinho da Força está enterrado até o último fio de cabelo na
corrupção brasileira, o que fundou o Solidariedade. Tem que vir aqui e dizer
isso, também. É este o debate que precisamos fazer, um debate sincero, um
debate honesto, mas nos respeitando politicamente.
Prezado Flecha Negra,
a divergência política não pode levar este País para o caminho da intolerância,
do ódio e o de não respeitar aquilo que nós temos de soberano, construído com o
sangue de muitos dos nossos antepassados, que foram mortos nas masmorras para
defender a liberdade e ter uma Constituinte, uma Constituição que tem que ser
respeitada por todos nós. Este é o debate que nós precisamos fazer.
Os benefícios
alcançados pela população não podem retroceder.
A riqueza deste País,
prezado Clàudio Janta... Eu tenho acordo com V. Exa., os banqueiros ganham
demais, o bom juro que o Brasil paga para os bancos não pode continuar, temos
que mudar esta política econômica. Nós temos muito mais agendas em comum do que
agendas divergentes neste processo. Este debate, precisamos fazer.
Mas eu quero aqui,
aproveitando a presença dos recicladores, homens e mulheres que estão aqui,
dizer que, neste momento, o Brasil vive uma sensibilidade política, e a solução
se dará superando as divergências, mas sem extrapolar para o ódio. Nós não
precisamos de uma guerra civil no Brasil. Não precisamos. Nós temos que
solidificar as nossas instituições. Tudo aquilo que foi construído de direitos
deve ser garantido e ampliado, seja na geração ou na distribuição de renda.
Sr. Presidente, quero
agradecer, cumprimentando os homens e as mulheres que estão aqui lutando pelo
direito à vida através da reciclagem. Um grande abraço e muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas. Quero usar este tempo
de liderança do PSOL para repassar um pouco, primeiro aos Vereadores, por que o
nosso projeto, Ver. Marcelo, proíbe a incineração dos resíduos sólidos no
Município de Porto Alegre. Também quero saudar as nossas guerreiras, lutadores
e lutadoras, os heróis em defesa do meio ambiente que fazem a política de
reciclagem no Município de Porto Alegre - heróis e heroínas, pois temos muitas
mulheres na luta nos galpões - e atualizar da reunião que fizemos agora, com
relação ao nosso projeto, com o Líder do Governo, como encaminhamento da visita
que as meninas fizeram aqui na segunda-feira – a Eva e as outras companheiras
estiveram aqui, junto conosco, falando com os Vereadores, mostrando, o Alex
esteve ontem aqui conosco, estávamos ali, agora, com a presença do Douglas.
Quero agradecer à AVESOL Porto Alegre, ao Movimento Nacional dos Catadores e
Recicladores, à Vivá Moara, Mãos Verdes e a todos os galpões que estão conosco
aqui hoje.
Nós precisamos avançar, no Município de Porto
Alegre, garantindo que as empresas multinacionais que foram expulsas, Ver.
Prof. Alex Fraga, da União Europeia até 2020 por utilizarem uma tecnologia que
é poluente ao meio ambiente, uma tecnologia que é danosa à saúde humana,
causando – comprovado por várias pesquisas científicas – o aumento da
incidência de câncer, uma tecnologia que é extremamente cara e que, ao mesmo
tempo, tira o emprego e a renda de milhares de catadores e recicladores, que é
essa tecnologia que foi banida da União Europeia até 2020 por essa consequência
grave ao meio ambiente sejam transportadas para o Brasil e sejam transportadas
para Porto Alegre.
Essa luta começou há mais de dois anos, quando os
movimentos começaram a se organizar e a combater qualquer política de
incineração no Município de Porto Alegre. Eu estive numa audiência pública no
Ministério Público, onde uma promotora de Maringá fez uma explanação excelente
sobre os riscos da incineração para a saúde humana. Eu estive com o movimento
na discussão do Plano Estadual dos Resíduos Sólidos e, a partir dessa
proximidade com o movimento, nós decidimos apresentar uma lei. Uma lei
comprometida com o futuro, uma lei que tem o apoio da Agapan, que tem o apoio
dos recicladores, que tem o apoio de promotores e defensores do direito ao
trabalho. Uma lei que garante a saúde da população de Porto Alegre, para que a
incineração desses resíduos recicláveis não seja transportada pelo vento,
causando danos à saúde humana. Uma lei que permita essa proibição para garantir
que o nosso solo não seja contaminado com uma incineração que é extremamente
danosa e que promove uma série de danos ao solo. Uma lei que, ao mesmo que tem
essa preocupação com o futuro, tem a preocupação com o presente, porque é
preciso avançar na coleta seletiva, porque é preciso ter educação ambiental,
porque hoje só 20% dos resíduos da Cidade são recolhidos pela coleta seletiva e
apenas 3% são de fato recicláveis – e nós sabemos que a turma nos galpões quer,
sim, mais resíduos para poder exercer o seu trabalho. O problema é que estão
faltando políticas de educação ambiental que ajudem na separação adequada e, ao
mesmo tempo, uma política de coleta seletiva, que não seja só no centro da
Cidade, mas que seja uma coleta seletiva solidária, que esteja nas periferias
da Cidade, que esteja conectada com as demandas da nossa população, de poder
dar destinação adequada aos resíduos recicláveis, aos resíduos orgânicos, que
também são recicláveis, porque podem virar compostagem. O Ver. Alex Fraga, meu
colega, que é biólogo, sempre me fala desse tema dos resíduos sólidos.
E eu quero dizer aos nossos lutadores e lutadoras
que nós acabamos de fazer uma reunião com o Governo, que nós estamos lutando
para que o nosso projeto seja apresentado. Nós fizemos uma proposta concreta de
emenda que garanta a proibição da incineração dos resíduos recicláveis e dos
resíduos provenientes da coleta seletiva como forma de garantir os interesses
da cidadania, os interesses da saúde e o direito ao trabalho. Nós estamos
esperando a resposta do Governo, mas nós queremos comemorar a vinda de vocês,
porque, quando o povo está na Câmara de Vereadores, a Câmara, tenho convicção,
é sensível às demandas populares e à luta dos nossos catadores. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo Memorando nº 009/16, de autoria do Ver. Márcio Bins
Ely, que solicita representar esta Casa na reunião do Comitê da Internacional
Socialista para a América Latina e Caribe, na cidade de Santo Domingo,
República Dominicana, no período de 30 de março a 4 de abril de 2016.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum – às 14h51min): Havendo quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0107/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 005/13, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e
do Ver. Marcelo Sgarbossa, que proíbe a utilização de tecnologias de
incineração no processo de tratamento e destinação final de resíduos sólidos
urbanos provenientes da coleta convencional, bem como a concessão pública para
empreendimentos que promovam o aproveitamento energético a partir dessas
tecnologias. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela: pela aprovação do
Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela rejeição do Projeto e da
Emenda nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 10-12-14 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por duas Sessões em 18-11-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLL nº 005/13. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a
palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas, em especial aos recicladores e recicladoras
que acompanham nossa Sessão no dia de hoje. Nós estamos aguardando, acredito
que o Alex e o Douglas já passaram aqui para vocês, uma possível emenda. O
Governo, numa reunião que fez hoje de manhã, está construindo uma emenda;
tivemos, há pouco, uma reunião com o Líder do Governo, e estamos tentando ver
que emenda virá, se é que virá. Então, abrimos aqui a discussão sobre este
projeto.
Eu queria aproveitar e trazer um pouco o histórico
deste projeto. Ele não é de hoje, ele é de 2013, do primeiro ano desta
Legislatura, que dura quatro anos. É um projeto que acabamos apresentando, eu e
a Ver.ª Fernanda. Eu não era Vereador ainda, nós estávamos no Ministério
Público, numa reunião que tratou justamente do processo de incineração, em que
foi trazido o exemplo da cidade de Maringá. Estavam ali presentes promotores de
Justiça e procuradores do Município de Maringá, no Paraná, e eles conseguiram
aprovar uma lei exatamente como esta que a Ver.ª Fernanda e eu propusemos, proibindo
a incineração lá no Município de Maringá. Fizemos a proposta, a encaminhamos no
começo de 2013, tramitou durante todos esses anos aqui na Câmara, e nós
chegamos no momento da votação.
Eu quero aqui lembrar que da forma como a Cidade
está encarando o processo de reciclagem, infelizmente está num retrocesso. Por
quê? Porque temos uma lei, aprovada por esta Casa em 2008, de autoria do então
Vereador Sebastião Melo, atual Vice-Prefeito, e nela se proibiu a circulação de
carroças e carrinhos na Cidade. Passaram-se quase oito anos – os oito anos
fecham em setembro deste ano – e, a partir de setembro, se a lei não for
mudada, carroceiros e carrinheiros não poderão circular mais nesta Cidade. Por
isso protocolamos um projeto para alterar esta lei do então Vereador Sebastião
Melo e prorrogar por um ano a proibição em relação aos carrinheiros. Esse
projeto já foi rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça, no ano passado,
e nós o reapresentamos. A CCJ agora tem uma nova formação, o Ver. Márcio Bins
Ely preside a Comissão, o Ver. Mauro Pinheiro e o Ver. Clàudio Janta estão na
Comissão, são três novos integrantes, e espero que votem a favor do projeto
para que ele tramite e nós possamos ter um dia como hoje, em que ele venha a
plenário e possamos discutir se é – e eu acho que é – o momento de prorrogarmos
essa lei do Sebastião Melo que proibiu a circulação de carroças e carrinhos na
Cidade. É um convite, faço uma fala mais de explicação, de que tramite esse
projeto na Câmara.
Tramita também um outro projeto, um decreto
legislativo que tenta anular, se for aprovado, duas resoluções da EPTC que, ao
arrepio da lei, como se diz, contrariando a lei que previa a restrição para
setembro de 2016, editou resoluções proibindo circulação, em algumas áreas da
Cidade, das carroças e dos carrinhos. Então, nós fizemos um decreto legislativo
que visa anular as duas resoluções da EPTC por extrapolarem o conteúdo da lei.
A Fernanda já falou da questão da incineração, a
Europa proibiu, até 2020 não se podem mais instalar incineradores, os
existentes precisam ser desinstalados, foi uma política equivocada,
implementada há 30, 40 anos em vários países da Europa, e essa política mostrou
que, independente do que se queima, há sempre um resíduo, há sempre um dano
cancerígeno, inclusive, para a população, sem falar aqui que nós temos que ter
um outro olhar sobre a coleta seletiva, um olhar que agregue as pessoas; ao
invés de retirar a força de trabalho, proibindo a circulação, que se faça
justamente o contrário: que se pague pelos serviços ambientais que prestam
essas pessoas e que seja humanizada a coleta seletiva e outros tipos de coleta.
Toda coleta poderia ser feita
através da contratação direta de associações e cooperativas – nada mais, nada
menos, Ver. Pujol, que a lei que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos permite, inclusive dispensando a licitação para
contratação direta, pelo Poder Público, de associações e cooperativas de
catadores. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, a Casa me conhece, sabe que eu tenho sempre
alguma restrição prévia ou – vou admitir – até preconceituosa com os projetos
de lei que estejam obrigando a sociedade a tomar determinado procedimento.
Neste caso, inclusive, eu poderia falar que o melhor seria dizer que é
permitido fazer determinadas situações, salvo essas exceções – isso elidiria a
radicalidade. Mas, Ver.ª Sofia, quando eu comecei a cogitar isso, eu me lembrei
que, há muito tempo, o “Papa” do ambientalismo do Rio Grande do Sul, o
pranteado José
Lutzenberger, me deu uma lição. Em Torres, onde ele atuava, eu perguntei, Ver.
Tarciso, se ele não estava exagerado na posição, e ele me disse: “Olha, é
possível que sim; mas, se eu não exagerar, eu não vou conseguir nada”. Então é
preciso que se exagere para que o exagero seja reduzido a termos racionais e,
aí, se encontrem soluções. Acho que, no caso concreto, não é aplicável – no meu
entendimento, segundo informações que eu recebi – a todas as situações essa
obrigatoriedade de impedir que ocorra incineração. Em alguns assuntos, em
alguns materiais não recicláveis, a incineração se impõe até como uma forma de
evitar a degradação do meio ambiente. Então discutir sobre isso, trabalhar em
cima dessa ideia, é uma imposição que o projeto de lei da Ver.ª Fernanda
Melchionna e do Ver. Marcelo Sgarbossa nos impõe. O que eu estou pretendendo
com o meu pronunciamento, é abrir espaço para que
as negociações que estão ocorrendo possam prosperar. E que esse meio termo -
que não precisa ser meio, pode ser mais para um lado ou mais para o outro,
dentro do racional e do necessário - encontre um caminho capaz de nos deixar
absolutamente à vontade para votarmos esse projeto, aprovarmos, se possível,
por unanimidade, com o retoque que o bom senso, o diálogo, a capacidade de
entendimento vai determinar aqui na Casa.
Por isso, Sr.
Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela - eu tenho dificuldade de chamá-lo de
Vereador, para mim, V. Exa. será eternamente o meu Prefeito, o melhor Prefeito
desta Cidade -, estou aqui na tribuna fazendo essa exortação. Felizmente, a
Ordem do Dia começou cedo hoje. Não houve tantos pronunciamentos capazes de
impedir que ela não pudesse ser iniciada por volta das 15 horas, o que nos dá
um espaço de tempo capaz de ser explorado a fim de que uma emenda que foi
imaginada no final da manhã de hoje possa ter os seus termos adaptados à
posição tal que mereça aprovação da Casa, e, junto com a emenda, a aprovação de
todo o projeto. Este é o último e principal objetivo que me traz à tribuna:
fazer esse alerta e essa conclamação para que num gesto de absoluta
consequência se faça um entendimento em cima da razoabilidade, não se obstrua o
projeto de lei da Ver.ª Melchionna e do Ver. Sgarbossa e se reduza os mesmos ao
necessário. E, em cima desse trabalho, aproveitando a emenda, que é a redução,
se chegue à aprovação, e, espero eu, até por unanimidade, da proposta
apresentada com os retoques que serão sugeridos. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Guilherme Socias Villela assume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para
discutir o PLL nº 005/13.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde, Sr. Presidente; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; publico
que nos assiste pela TVCâmara. O projeto em questão, de autoria da Ver.ª
Fernanda Melchionna, Líder do PSOL, nesta Casa Legislativa, e do Ver. Marcelo
Sgarbossa, visa agregar vários pontos positivos ao conjunto de leis da nossa
Cidade. Primeiramente, quando a maioria das pessoas ouve falar em lixo, a
maioria das pessoas sente uma certa aversão, uma certa repulsa, porque
enxergam, naquele material, o que sobrou das suas atividades e que deve ser
descartado, deve ter um encaminhamento que não o seu lar, a sua casa. Eu, por
outro lado, como boa parte dos representantes da comunidade porto-alegrense que
está aqui e que trabalha com esse material, tenho uma outra visão com relação
ao lixo. Eu vejo oportunidades, possibilidades, assim como essas pessoas veem a
sua fonte de sustento.
Senhoras e senhores, os resíduos domiciliares, aqui
no Município de Porto Alegre, são em grande parte destinados ao aterro
sanitário de Minas do Leão, Município distante a mais de 50 quilômetros desta
Capital. Isso envolve uma cadeia econômica extremamente grande e complexa. Os
resíduos domiciliares levam dos cofres municipais uma grande soma de dinheiro
anual. Nós precisamos tratar esse tema com um respeito maior. Essa Cidade, ao
longo de todas as últimas gestões, sempre virou as costas para esse tema,
porque não é um tema bonito, não é um tema agradável, não é um tema bem
cheiroso. Infelizmente, nós temos uma produção de resíduos altíssima na nossa
Cidade, que poderia ser diminuída através de uma nova ótica, uma nova lógica, diminuindo o consumo da população. Essa ótica consumista nos leva a
adquirir cada vez mais e os resíduos se acumulam. Boa parte desses resíduos tem
uma destinação imediata através dos processos de reciclagem. Como diria
Lavoisier, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Essa é a lógica da
reciclagem, tirar um material que teria um destino, como o aterro sanitário, e
devolvê-lo na forma de matéria-prima para a construção de outros itens para a
nossa utilização, porém existe um grande percentual desses materiais nobres,
como papéis, plásticos e metais que não têm o devido destino. Em vez de
separado nas residências e destinados à coleta seletiva, boa parte desses
materiais é jogado junto com os resíduos domiciliares normais e mandado para
100 quilômetros daqui. Isso é, primeiramente, desperdício de dinheiro público,
um grande desperdício de dinheiro público porque a Prefeitura tem custos para recolher
esses materiais, mandá-los para a estação de transbordo da Lomba do Pinheiro e
depois, para fazer o translado de lá até Minas do Leão, custos para a
Prefeitura que lá em Minas do Leão paga a empresa para recolher essas 2 mil
toneladas de resíduos diários. Paga, isso sai dos nossos cofres, é dinheiro que
poderia estar sendo usado na nossa saúde pública e infelizmente é desperdiçado
dessa forma. Precisamos de políticas de educação ambiental, consciência
coletiva, trabalho intensivo dentro das comunidades, mas infelizmente, dentro
do quadro atual, nós não podemos nos dar ao luxo de permitir que essa grande
quantidade de resíduos, que possam ter utilização e possam gerar renda para uma
grande quantidade de famílias nesta Cidade, sejam simplesmente incinerados.
Este é o objeto de discussão desse projeto: a proibição da incineração desses
materiais vai salvaguardar esses resíduos que são mal encaminhados no nosso
Município e destiná-los a uma finalidade nobre, que é o de sustentar famílias,
é o de fomentar, alimentar, as cadeias produtivas que trabalham com reciclagem,
com reaproveitamento desses materiais. Portanto, estamos
pensando aqui em não apenas agregar valor ao lixo e sustentar famílias de
porto-alegrenses; com a aprovação desse projeto, nós estamos pensando também em
garantir saúde a nossa população, pois a incineração libera uma grande
quantidade de materiais nocivos à saúde e que comprometem os sistema
respiratório e circulatório. E a nossa saúde pública não está lá grande coisa.
Vamos piorar a situação?
Boa tarde, espero que aprovemos este projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente,
senhores e senhoras, volto na
discussão do projeto para dizer que essa iniciativa é uma ponta de uma teia
bastante maior, porque pura e simplesmente incinerar os resíduos é se
desresponsabilizar com a produção de lixo pela sociedade, com a necessidade de
redução desse lixo e com o esforço de reciclar a maior parte dele; isso como
uma questão fundamental de vida e morte do nosso planeta. Lamento e lamentei
muitas vezes desta tribuna – acho que vocês conhecem esse tema – de que, no
Centro da cidade de Porto Alegre, foram instalados os contêineres e proibiram
carrinheiros e carroceiros de circularem no Centro. Essas duas medidas foram
terríveis, porque elas deseducaram a população que tinham o dia certo para
colocarem o lixo seletivo na rua e a população começou a dizer: “Ah, tem uma
caixa aqui, boto tudo junto”. Então, houve um recuo, uma piora na consciência e
na responsabilidade social com a necessidade de reciclar. As pessoas estão
juntando e sujando o lixo reciclável; estragando-o e tornando-o não reciclável
por juntarem ao lixo orgânico. Nós estamos problematizando isso desde que
começou a instalação dos contêineres. Este ano,foi
expandida a “conteinerização”. Eu tenho contado nesta tribuna que eu tenho um
contêiner na frente da minha casa e eu acompanho. Às vezes, eu consigo tirar
lixo seco de dentro. Eu brigo porque o recolhimento não acontece no dia certo.
Nós estamos criando, na frente de casa, moscas, mosquitos, tem um cheiro
horroroso, coisas que não existiam quando o lixo orgânico era recolhido às
segundas, quartas e sextas, e o reciclável, terças e quintas, na nossa rua, a
Carazinho. Eu sou muito chata com o lixo, sou muito chata na minha casa: meus
filhos, ninguém mistura nada com nada. Por essa consciência social, eu sou
incapaz de olhar uma latinha e achar que ela pode ser misturada com o lixo
orgânico, porque conheço a outra ponta. Não só porque sei do custo social, mas
porque o Planeta não aguenta mais e não vai aguentar ficar queimando. Se
enterrar já é um problema, queimar é um problema maior ainda, porque prejudica
o nosso ar, a camada de ozônio, a nossa proteção, o nosso ambiente.
Mas tem a outra
ponta, eu conheço a ponta onde vocês trabalham, seja nas casas, como aqui no
Humaitá, onde muitas famílias têm, na sua própria casa, o balcãozinho, a
reciclagem, seja nos galpões de reciclagem. A gente sabe a dor de uma
recicladora quando recebe o lixo cortando, sujo, com carniça, ao invés de vir
limpo, tratado pela pessoa que gerou esse lixo. E mais: a dor de receber pouco,
de receber muito lixo que só dá para rejeito.
Esse tema que vocês
trazem, Ver.ª Fernanda e Ver. Sgarbossa, e o movimento dos catadores, eles
puxam uma teia muito mais séria. Acho que a Cidade tem que ser muito mais séria
com os seres humanos, as famílias, os homens e as mulheres, e é essa segunda dimensão
que eu falo agora que, há muitos anos, realiza o trabalho que, quando a
Prefeitura realiza, realiza mal. Compacta o lixo que é reciclável, põe tudo
junto, põe contêiner, mistura orgânico e seco e não controla a passagem para o
recolhimento. Eu ligo para o 156, e eles me informam que é segunda, quarta e
sexta de noite que passa o caminhão para virar o contêiner. (Palmas.) Ó, acho
que construíram um belo acordo! (Pausa.) Eu acompanho no dia a dia, e o
caminhão que vem tirar o lixo do contêiner não passa na segunda de noite,
Nedel. Não passa, vai passar na quarta-feira, de manhã; aí não passa na quarta à
noite e o lixo vai ficando. Ou seja, a Prefeitura quando faz...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: ...Quando a
Prefeitura impede vocês de recolherem o lixo, como nas áreas nobres; quando a
Prefeitura deixa de contratá-los como tem que ser na Coleta Cidadã, ela faz
muito pior, ela faz muito mal: ela não controla o caminhão do lixo e o lixo é
compactado. Aliás, eles mentem: a Prefeitura paga pelo serviço e eles não
passam na minha casa as três vezes por semana! Essa que é a verdade. Portanto,
nós defendemos que esse dinheiro da coleta seletiva contrate vocês, contrate
vocês que são os verdadeiros recicladores, e que não se queime o lixo precioso,
o lixo reciclável. Parabéns pela luta e toda força ao movimento popular.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Apregoo a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Kevin Krieger, ao PLL nº
005/13.
O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. ENGº COMASSETTO: Prezado colega
Villela, Presidente dos trabalhos; colegas Vereadoras e Vereadores; senhoras e
senhores trabalhadores da reciclagem da cidade de Porto Alegre; é oportuno
estarmos aqui debatendo e dialogando sobre este tema, porque em determinados
momentos inventam umas ondas pelo mundo afora, e sempre tem alguns poderosos
que desenvolvem algum tipo de tecnologia e que dizem que é a solução dos
problemas das cidades. Há pouco tempo, começou esta onda: lixos ou resíduos têm
que ser queimados, vamos incinerá-los porque vão gerar energia. É verdade que
gera energia, mas ninguém diz que o plástico, se for incinerado, gera a
dioxina. A dioxina é um produto químico, cancerígeno, que vai para o meio
ambiente, sem controle. Ninguém diz que o potencial da reciclagem é muito maior
do que a maioria das cidades aproveita. Há pouco, fazíamos o debate para encontrar
um meio-termo entre os produtos recicláveis, do que poderá ser incinerado e do
que não poderá. Chegamos ao entendimento que os produtos recicláveis não
poderão ser incinerados. Agora, nós precisamos, além de ficar garantido na lei,
fazer com que esse tema avance na cidade de Porto Alegre. Por que fazer
avançar? A coletiva seletiva já alcançou na Cidade o índice de 25% dos seus
produtos reciclados. Muitos dos jovens que estão aqui não viveram aquele
momento. Hoje, não passa de 5% a 6% do material recolhido do lixo separado.
Mesmo recolhido do lixo separado, ele vem misturado com aquele seco e não seco,
que é dito pronto para a reciclagem, mas não tem essa qualidade que precisa
ter. Portanto, nós já temos uma legislação federal que diz que todo órgão público
tem que entregar todo seu material para as cooperativas ou entidades de
reciclagem. Por que Porto Alegre não aplicou isso ainda na plenitude, inclusive
para resolver quem recolhe? Aqui foi dito que é a Prefeitura que recolhe.
Portanto, prezado Cecchim, nós precisamos fazer esse debate, porque a
Prefeitura não está conseguindo fazer a coleta do material com a qualidade que
pode para proteger essas famílias, esses trabalhadores que estão aqui, homens e
mulheres.
Eu sou um dos defensores da teoria do lixo zero. Em
Porto Alegre, nós temos uma grande área de produção primária, uma grande área
de produção de alimentos e outra que são as vilas que têm pátio. Será que
precisa recolher o material orgânico, como casca de batata, casca de tomate e
outras? Isso tudo pode ser transformado em adubo orgânico. Agora, o que é feito
hoje? Leva-se o material para a Lomba do Pinheiro, de lá para o transbordo, e,
daí, 100 quilômetros até Minas do Leão, e o caminhão volta de lá vazio,
destruindo a Cidade. Nós precisamos mudar essa agenda. E eu aproveito a
oportunidade deste tema, deste debate, para dizer que não basta só dizermos que
tem coleta seletiva, nós temos que aplicar em toda a Cidade.
Nós precisamos avançar. Prezado Ver. Kevin Krieger,
Líder do Governo, tem uma agenda que, desde 2007, quando eu estava na Comissão
de Direitos Humanos, iniciou este debate com os recicladores, mas até hoje não
foi concluído. Os galpões de reciclagem de Porto Alegre não têm um
licenciamento ambiental para que os recicladores possam, diretamente, vender os
seus produtos sem precisar dos intermediários. Isso é uma dependência. Nós
precisamos fazer com que essa agenda entre nesse debate, e a nossa sugestão
aqui da tribuna, neste momento, é colocar esse ponto do licenciamento ambiental
dos galpões para concluir um processo de qualidade. Um grande abraço, boa luta.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Cassio Trogildo está com a
palavra está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
acompanha das galerias. Este projeto de autoria dos Vereadores Marcelo
Sgarbossa e Fernanda Melchionna trata da proibição da incineração dos produtos
recicláveis na cidade de Porto Alegre. Agora, com a ajuda da Liderança do
Governo, através de uma Emenda, está se construindo a possibilidade de
aprovação. Tive a oportunidade de ter acesso a ele, de discuti-lo, a partir da
data de ontem, quando a associação dos catadores nos visitou na presidência;
nós, desde ontem, estamos tratando com o Alex, com a comitiva que nos
acompanha. Realmente é um projeto que vai agregar uma condição de sustentação
econômica para a atividade de reciclagem nos galpões instalados na cidade de
Porto Alegre. Eu trataria este projeto, não como um projeto de cunho ambiental,
Ver. Alex, porque, na verdade, se fosse, em algum momento, instalada alguma
usina de incineração, Ver. Matos que nos acompanha aqui, com certeza, Ver.ª
Sofia, esta usina teria que atender a todos os condicionantes ambientais. E,
com certeza, este tipo de atividade teria muita dificuldade de licenciamento.
Eu o entendo
como um projeto de fomento econômico, Ver. Kevin Krieger, Líder do Governo, que
é a garantia de que nós tenhamos material reciclável para encaminhar para os
galpões para que esta atividade econômica continue sendo desenvolvida nos
galpões de reciclagem. E digo mais: acho, sim, que podemos avançar muito mais;
Porto Alegre é pioneira com o novo Código Municipal de Limpeza Urbana, estabelecendo,
Ver. Dr. Goulart, prazo para que a coleta seletiva seja de 100% na Cidade; isso
já está acontecendo. Inclusive, fruto dessa conversa, desse trabalho e dessa
discussão com a Ascat, Ver. Mario Manfro, eu protocolei, na data de hoje, um
projeto de lei que é para abrir a discussão. É um projeto de lei, tendo em
vista que 100% da Cidade tem coleta seletiva, Ver. Cecchim, que trata da
obrigatoriedade da separação dos resíduos. Se o serviço está disponibilizado,
se nós, contribuintes, pagamos esse serviço, Ver. Cecchim, para que 100% da
Cidade tenha coleta seletiva, por que o cidadão não vai ter a obrigatoriedade
de separar o seu resíduo? Isso sim será um trabalho do ponto de vista
ambiental, vai gerar mais material a ser reciclado lá para os galpões e aquilo
que realmente não pode ser reciclado terá outro destino. Quiçá possamos,
inclusive, reduzir esses materiais orgânicos, que possam ir para a compostagem
caseira, ou até para uma compostagem que tenhamos no Município de Porto Alegre.
Então, nós apresentamos também, esse projeto e está
protocolado, um prazo para que isso venha a valer. Nós não determinamos no
projeto, queremos fazer uma discussão, mas que haja, a partir da discussão, um
tempo determinado para a obrigatoriedade da separação dos resíduos. Se nós
temos 100% de coleta seletiva, o cidadão também tem que contribuir com a sua
parte e vai ser simples. Nós estamos, inclusive, colocando aqui que haja uma
obrigatoriedade de sacos de lixo com cores diferentes, para que a coleta
orgânica – às vezes é no mesmo dia da seletiva – não seja confundida com a
seletiva, Ver. Ferronato, para que apenas o lixo reciclável seja encaminhado
para os galpões de reciclagem. Ainda é tempo de discussão do projeto, mas já
quero antecipar e encaminhar favoravelmente à aprovação, com a emenda
construída pela Liderança do Governo, com a participação do DMLU, que corrige
aqui qualquer possibilidade de mal-entendido do objetivo desse projeto.
Obrigado e um grande abraço. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O Ver. Idenir Cecchim
está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, a vocês que estão aqui defendendo e reivindicando
uma causa nobre, porque é de trabalho, uma saudação especial; eu quero dizer,
primeiro, Ver.ª Fernanda, que a nossa Bancada votará favoravelmente ao projeto.
(Palmas.) Mas quero fazer justiça aqui à base do Governo, principalmente eu
quero fazer uma justiça importante ao Diretor do DMLU, que, mesmo sem essa lei,
ele não admitiu que se colocassem essas máquinas que tirariam emprego das
pessoas. Então, uma saudação especial ao André Carús por essa postura que teve
no Governo Fortunati, lógico que orientado pelo Prefeito Fortunati, pelo Vice-Prefeito
Sebastião Melo, de não instalar essas usinas, aquelas que estão proibidas em
alguns lugares do mundo. Então essa justiça ao DMLU, que, mesmo sem a lei,
cumpriu um compromisso social com a Cidade e com as pessoas que vivem da
reciclagem, que é um trabalho nobre, como qualquer outro, só que, muitas vezes,
ele é sofrido mais do que outros trabalhos. As pessoas estão aqui justamente
para aprovar juntamente com essa emenda do Líder do Governo, Kevin Krieger. Eu
não vou ocupar todo o tempo para que se vote imediatamente este projeto, que é
importante em homenagem a vocês que estão aqui para acompanhar a votação desta
lei. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Cassio
Trogildo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLL nº 005/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, quero ser muito rápida aqui porque tenho a convicção de que o
momento aguardado da aprovação do projeto tem que ser o mais rápido possível
diante de um cenário de aprovação por unanimidade, que é o que tende acontecer
na tarde de hoje.
Escrevi-me, Prof. Alex, primeiro, para fazer uma
correção de que, segunda-feira, além da Melanie e da Eva, a Flávia esteve
conosco, falando com todos os Vereadores, sensibilizando para o projeto. Acho
que é uma correção importante porque, muito embora saibamos que todos vocês
lutaram pelo projeto nas audiências públicas, na caminhada de hoje, nos galpões,
é importante registrar o papel ativo dessas mulheres combativas, que estão lá
na ponta, cuidando da natureza, reciclando os materiais, lutando pelos nossos
galpões, por melhores condições de trabalho, por uma educação ambiental que
garanta a melhoria das cargas e da reutilização dos resíduos sólidos no
Município de Porto Alegre, pelo licenciamento, que permitirá melhores condições
para os nossos galpões, pela coleta seletiva solidária, para que os próprios
catadores, junto com os trabalhadores do DMLU, possam ser agentes da sua
história.
Então, quero agradecer a todos os Vereadores a
sensibilidade, a construção coletiva para garantir que o projeto seja aprovado
na tarde de hoje, e foram vários que utilizaram a tribuna para garantir o tempo
necessário, Ver. Kevin Krieger, da construção de uma emenda que garanta a sua
aprovação. Mas, acima de tudo, quero cumprimentar os lutadores e as lutadoras.
Nós sabemos que sempre tentam tirar as pessoas que fazem a história. Quando
lemos sobre os processos de luta – ah, as mulheres têm direito a voto... –,
parece que foi o Getúlio que deu o direito a voto para as mulheres, e esquecem
de milhares de mulheres que lutaram pelo direito de votar e de serem votadas.
Quando falam do fim de uma das piores barbáries da história da humanidade, que
foi o fim da escravidão, falam que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, mas,
na verdade, teve Zumbi e Dandara Palmares, teve resistência do povo negro, que
até hoje luta pelos seus direitos. Quando falam dos processos de luta e, por
exemplo, do fim da ditadura militar, enfim, temos que falar dos jovens que
lutaram, dos trabalhadores que lutaram. Por isso, fiz
questão de vir na tribuna, para, em 20 segundos, falar que os agentes dessa
história, os agentes da vitória da tarde de hoje são todos vocês que estão
sentados na plateia, que estão nos galpões, que estão lutando cotidianamente.
Sem a presença de vocês, essa vitória não seria possível; nós apenas começamos,
a luta segue, mas é um dia de vitória.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde, quero
cumprimentar o Presidente da Casa, Ver. Cassio, os Vereadores, Vereadores,
público que está aqui conosco querendo construir – e construindo – a solução
deste projeto. Eu não vou fazer aqui uma fala técnica do projeto e, sim, uma
fala política do processo. Na segunda-feira, a Ver.ª Fernanda conversou comigo
dizendo que tinha um projeto importante para a Cidade, e eu prontamente disse a
ela que chamaria - como temos feito nesta Casa - a Secretaria responsável em
relação ao projeto que será votado. E aí eu quero também fazer um agradecimento
especial ao engenheiro Geraldo, que está aqui, e ao Secretário Albarello, ambos
estiveram, pela manhã, conosco junto com a nossa assessoria – o André Barbosa e
a Paula – e também com algumas lideranças do movimento, tentando construir uma
solução para que pudéssemos aprovar hoje o projeto por unanimidade nesta Casa.
Com isso, Ver.ª Sofia, quero dizer que, volta e meia, eu escuto nesta tribuna –
não tanto mais, mas muitas vezes já escutei – que o Governo não discute os
projetos bons para a Cidade, e isso não é verdade. Isso não é verdade! Quando o
projeto para a Cidade, quando é bom para as pessoas da Cidade, o Governo senta
e constrói. O Alex, com quem até brinquei na reunião agora, nós não nos
conhecíamos, e quando sentamos, agora, na Mesa de Liderança do Governo para
conversar, ele começou como uma metralhadora. Eu disse para o Alex: calma, Alex,
nós estamos aqui para construir. E com calma e tranquilidade nós sentamos e
construímos, junto com o Engenheiro Geraldo, com o Secretário Albarello, com o
Secretário Carús, com a nossa assessoria de Governo, com a Ver.ª Fernanda e com
o Ver. Marcelo - que estiveram, inclusive, na nossa sala da Liderança do
Governo - e conseguimos, sim, construir uma emenda acordada com as lideranças.
E não era a primeira emenda que o Governo propôs, porque o Governo propôs uma
outra emenda e, na discussão com as lideranças, mais uma vez, além de hoje de
manhã, em que escutamos o DMLU, estudamos o projeto da Ver.ª Fernanda, propomos
uma emenda que não foi aceita cem por cento. Hoje à tarde nós fizemos uma coisa
que tem sido frequente nesta Casa: oposição e situação sentando juntas e
construindo a solução. Quando é bom para as pessoas, não tenham dúvida de que o
nosso Governo senta e procura construir o melhor. Foi o que nós conseguimos
hoje. Por isso eu faço aqui um apelo para que os Vereadores da base do Governo
estejam conosco, mais uma vez, e os independentes também, para que possamos
aprovar a Emenda nº 02, construída pelo Governo, em parceria com as lideranças
que representam todos os movimentos, para que nós possamos aprovar este projeto
por unanimidade e dar tranquilidade e dar garantias a estas pessoas que tanto
fazem pela nossa Cidade e pelo meio ambiente. Parabéns a todos pela construção
e principalmente a vocês que hoje saem desta Casa orgulhosos dos Vereadores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver.
Paulinho Motorista está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. PAULINHO MOTORISTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, boa tarde a todos, nosso povo
batalhador que veio em busca de uma vitória nesta tarde, com certeza, a gente vai conseguir que todos saiam contentes e que não sejam em vão
as suas presenças nesta tarde de hoje.
Eu mesmo acompanho
bastante, conheço muita gente que trabalha com reciclagem e, com 24 anos de
profissão como motorista de ônibus, muito carreguei, muito passei e muito
sinalizei para que, às vezes, as pessoas pudessem passar com seu carrinho,
juntando aquele lixo, separando, trabalhando, não roubando. É gente
trabalhadora, sustentando suas famílias, que, hoje à tarde, com certeza, vão
sair daqui com esta conquista.
Falo em meu nome e em
nome do Ver. Airto Ferronato, do PSB. Com certeza, votaremos a favor deste
projeto e desta emenda construída pelo Governo.
Volto a dizer que é
uma alegria ver vocês saírem daqui hoje para as suas casas com uma boa notícia,
notícia que merecidamente levarão pelo trabalho que realizam. Um abraço a
todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLL nº 005/13.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; assistência que nos visita; sejam todos muito
bem-vindos. Este assunto é extremamente importante, porque faz parte da Lei nº
12.305, de 2 de agosto de 2010, da Presidência da República, que institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos. Então, isso também precisa se integrar a
esta política nacional.
Conversando com a
Prefeitura, ouvi a seguinte manifestação: “não está no caminho da Prefeitura
qualquer intenção em direção à queima dos resíduos sólidos”. A Prefeitura, há um tempo,
fez uma manifestação de interesse para ouvir o mercado. Aí, as pessoas com esse
interesse informaram quais eram as suas intenções, de que forma iriam fazer uma
adequação dos resíduos sólidos. Muitos disseram que fariam através de plasma;
outros, através de gás; outros, através de incineração. Era uma simples oitiva
do mercado, não que isso fosse determinar uma política.
Agora eu vejo que o próprio DMLU e a Prefeitura não
têm interesse em efetuar a incineração desses resíduos. E toda essa política é
acompanhada e de acordo com o Ministério Público do Meio Ambiente.
Então, senhores, a lei é muito clara que tem que
ter cuidado com os rejeitos; e aí, então, o nosso Líder do Governo, em reunião
com as lideranças, elaboraram essa emenda. Vai ser acolhido e atendido esse
projeto.
Quero fazer um pedido, já que estão presentes aqui
muitos recicladores, que é o seguinte: alguns recolhedores de material têm
efetuado a coleta de uma forma indevida, rasgando os sacos de lixo, Antônio,
deixando tudo espalhado pelas calçadas, colocando inclusive os rejeitos em contêineres de lixo não
reciclável. Então, peço ajuda. Vocês entraram cantando - muito bonito - que
estão defendendo a natureza. Concordo: de fato, vocês estão defendendo a
natureza. Mas eu peço ajuda para aqueles que ainda não estão defendendo a
natureza e recolhendo o lixo de forma indevida. É somente uma minoria, mas essa
minoria dá um aspecto muito feio à cidade, dá um aspecto de cidade suja por
falta de cuidados nesse recolhimento. Então vamos, sim, aprovar este projeto
que veio da base dos senhores aqui presentes. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
discutir o PLL nº 005/13.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, todos que
nos assistem. Parabenizo a Ver.ª Fernanda, cumprimento todos e parabenizo os
catadores de lixo, que lutam por uma cidade limpa, uma cidade melhor. Eu vou
ser bem breve, porque todos estão à espera da votação do projeto, para que saia
aquele grito: “somos campeões!”. Mas gostaria de dizer a vocês também da
importância da separação. Ouvi muitos aqui falando sobre o lixo em contêineres, que não se separa. Eu acho que nós, Vereadores,
também temos que fazer a nossa parte, Ver.ª Fernanda, informando as pessoas
sobre como colocar esse lixo nos contêineres. Em casa, como fazer a separação desse lixo, é
importante também. Eu já tenho um informativo há um ano, colocando sobre a
reciclagem do lixo, mas a cota que eu tenho, Ver. Alex, é muito pouca para
atingir toda essa população. Eu acho que tanto o Executivo, como nós, o
Legislativo, que temos um alcance a muitas pessoas, temos que levar essa educação
também, porque muitas das vezes se coloca, porque se acha que ali é o lugar de
despejar o lixo, mas tem o lixo reciclado, o orgânico, que se pode aproveitar
também para a terra. Aí nós vamos ter uma Cidade limpa, um meio ambiente limpo.
A natureza agradece. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio
Janta, a Emenda nº 02 ao PLL nº 005/13. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADA por 27
votos SIM.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o PLL nº
005/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à votação do
PELO nº 004/15. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia
Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
VOTAÇÃO NOMINAL
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
1º TURNO
PROC.
Nº 0580/15 – PROJETO DE LEI DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 004/15, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
inclui art. 151-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando
que o Executivo Municipal preste contas à Câmara Municipal acerca das ações e
dos programas desenvolvidos no exercício anterior relacionados à proteção de
mulheres e de crianças vítimas de violência, à prevenção e ao combate à violência
contra a mulher e à promoção dos direitos da mulher e dá outras providências.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Parecer
Conjunto:
- da CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECONDH e
COSMAM. Relator-Geral Verª Séfora Gomes Mota: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os
turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 22-06-15;
-
encaminhou a matéria a Vereadora Sofia Cavedon em 07-03-16;
- adiada a votação por uma
Sessão em 07-03-16.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal o PELO nº 004/15, em 1º Turno. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM e 02 ABSTENÇÕES.
O Ver. Mario Manfro
comunica que a partir desta data passa a integrar o Partido Trabalhista
Brasileiro – PTB – integrando a Bancada respectiva.
Em razão do § 6º do
art. 13 do Regimento, declaro vago o cargo de 3º Secretário da Mesa Diretora.
Em votação nominal a
Indicação do Ver. Mario Manfro ao cargo de 3º Secretário da Mesa. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADA por
27 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0628/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/13, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que
cria o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher e dá outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela: pela rejeição do
Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Séfora Mota: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, §
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 17-12-14 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por duas Sessões em 10-08-15.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLCL nº 008/13. (Pausa.) O Ver.
Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLCL nº 008/13.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, antes de entrar na
discussão do projeto propriamente dito, quero fazer o reconhecimento ao Líder
do Governo, pois nesse projeto que acabamos de aprovar houve um diálogo que
evoluiu. Entendemos qual era o receio, dentro da Prefeitura, que acabou sendo
superado numa emenda que convergiu para afastar alguns perigos, digamos assim, e contemplar o desejo inicial do projeto: proibir a incineração sem
afetar uma outra proposta que inviabilizasse tecnicamente o projeto.
Trago aqui um projeto
que cria o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher. Assim como o projeto que
acabamos de aprovar, é um projeto protocolado em 2013, no primeiro ano da
Legislatura, e que por vários momentos, geralmente nesse período, nós trazemos
à discussão para que o Governo levante a possibilidade de aprová-lo.
Infelizmente tenho a informação de que a base do Governo está orientada para
votar contra. Acho que podemos aqui repensar durante essa discussão porque se
trata aqui de empoderar, de fato, de dar realmente efetividade às políticas
públicas ligadas à questão dos direitos da mulher. Vejam, pode-se argumentar
aqui, já escutei alguns comentários, que não poderia um mandato protocolar e
propor a criação de um fundo municipal. Primeiro: quero dizer que há aqui
precedentes nesta Casa justamente da criação de fundos propostos por
Vereadores. Nós fizemos a pesquisa, percebemos que esse é um tema que não é
pacifico; segundo: estamos aqui tratando de um tema político. Como foi, quero
sempre lembrar, para mim é um caso emblemático, no final do ano passado, nós
aprovamos aqui uma proposta do Ver. Janta que tratava, nada mais, nada menos,
da criação de uma agência municipal de regulamentação dos serviços públicos.
Vejam, acho que tem aqui um compromisso político na aprovação de um projeto que
as eventuais discordâncias, interpretações diferentes podem, sim, ser sanadas
pelo Executivo, se for o caso, que vete então. Quero lembrar mais: durante
esses três anos de tramitação, nas varias vezes em que colocamos esse projeto
na Ordem do Dia também não percebemos no Governo a sua iniciativa em propor um
projeto que criasse um Fundo Municipal dos Direitos da Mulher. Ao mesmo tempo
em que o Governo levanta o argumento da inconformidade jurídica de um Vereador
propor um projeto; por outro lado, não apresenta o projeto. Então, chegou o
momento, vamos colocar em votação porque entendemos que, se em alguns projetos
de lei de iniciativa dos Vereadores de oposição há, sim, disponibilidade da
base do Governo, como foi o projeto que acabamos de aprovar há pouco, há
disponibilidade do Governo para construção e para o diálogo, não é o caso nesse
projeto de criação de um Fundo Municipal dos Direitos da Mulher que
apresentamos agora. Então, nós não temos alternativa além de colocá-lo para a
votação. Conversamos com inúmeras militâncias e pessoas que representam o
movimento que luta pelos direitos da mulher, inclusive, pessoas ligadas ao
Governo, que são favoráveis ao projeto. Ele ainda tem uma ousadia adicional:
transfere para o Condim – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – toda a
questão do gerenciamento do fundo, o que dá força para o controle social. Nós
não queremos simplesmente um fundo, além de ter um fundo, que é o primeiro
passo para poder gerenciar as suas políticas... Vejam: estamos na semana do 08
de março, no mês de março, com vários projetos já foram aprovados, como o da
Ver.ª Sofia Cavedon e o do Ver. Cassio Trogildo com o tema do aleitamento
materno. Convidamos todos a terem a sensibilidade de aprovar esse projeto que
vai à essência, que trata da criação desse fundo, e, a partir dali, o controle
social gerenciando e efetivando as políticas públicas ligadas ao direito da
mulher. Então, eu faço aqui um convite a todos – Ver.ª Sofia Cavedon, estou
falando de um projeto que tramite desde 2013, colocado na Ordem do Dia várias
vezes – se o Governo rejeita a possibilidade de um Vereador propor a criação do
fundo, que faça ele mesmo. Passaram-se três anos; esse projeto foi colocado,
várias vezes, na Ordem do Dia, Ver.ª Séfora Gomes Mota, e isso não aconteceu.
Então, agora não nos resta nada do que colocá-lo para votação, como forma,
inclusive, de provocar de forma definitiva que o projeto seja discutido
efetivamente dentro do Governo e que o Governo apresente a proposta. Nada mais
nada menos do que isso: que apresente uma proposta para a criação do fundo
municipal dos direitos da mulher. É nesse sentido que eu peço a sensibilidade
de todos os Vereadores e Vereadoras. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir o PLCL nº 008/13.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhores e senhoras, esse projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa que propõe a criação de um
fundo municipal viabiliza-me um parêntese necessário. Apresentei, foi aprovado
pela Câmara Municipal, é lei em Porto Alegre, a
instituição do Fundo Municipal do Idoso. O Ver. Marcelo Sgarbossa votou
favorável, e a Câmara tinha um parecer dizendo da não possibilidade de
iniciativa. O projeto foi aprovado, e, hoje, o Brasil inteiro está copiando
essa proposta. Essa medida está beneficiando milhões de idosos no País inteiro
a partir do momento em que se criam fundos em todos os Municípios do Brasil.
Ver. Marcelo
Sgarbossa, em 2010, Porto Alegre arrecadou para o idoso R$ 9,5 mil. Repito: em
2010, Porto Alegre arrecadou, em políticas para o idoso, R$ 9,5 mil. Em 2014,
com o Fundo, arrecadou mais, bem mais do que R$ 17 milhões. Portanto, mesmo que
aqui em Porto Alegre tenham acontecido muitos eventos para o idoso, e eu não
fui convidado para participar de nenhum.
Em 1992, apresentei a
isenção de IPTU para o idoso, o que o Brasil inteiro copiou. Sei que
beneficiamos milhões de brasileiros idosos e pobres. Portanto, um fundo bem
gerenciado, bem administrado e bem conduzido, traz resultados positivos para a
cidade de Porto Alegre. Dessa forma, eu estou aqui para dizer que, de jeito
nenhum, eu poderia deixar de votar a favor do seu projeto, porque, na verdade,
vamos nos espelhar no Fundo Municipal do Idoso. E um recado para a Prefeitura:
digam quem foi o autor da ideia, porque eles nunca disseram, nunca falaram e nunca
me convidaram para evento nenhum. Mas eu não estou aí para ser convidado para
evento, estou aí para dizer que com esse Fundo contribuímos com mais de R$ 40
milhões, nesses últimos anos, para as políticas do idoso do Município.
Portanto, se não for possível votarmos hoje, vamos construir o projeto do Ver.
Sgarbossa, que é positivo para a cidade de Porto Alegre, na minha forma de
enxergar as coisas: tentar buscar recursos para desenvolver políticas
específicas, no caso atual, para as mulheres do Município de Porto Alegre.
Estou aí para dizer, portanto, que voto favoravelmente ao projeto de V. Exa.,
porque V. Exa. votou favoravelmente, num acerto extraordinário, como toda a
Casa votou quando criamos o Fundo Municipal do Idoso aqui para o Município de
Porto Alegre. Um abraço e vamos de “sim”. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLCL nº 008/13.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente Cassio, senhores e senhoras, pergunto: qual é a importância
desse Fundo? Acho que esta semana é emblemática, porque tivemos, na
segunda-feira, a votação de três projetos: o do Ver. Cassio, que talvez tenha
sido o que mais chamou a atenção da imprensa pela multa para quem ainda ousa
constranger a amamentação; o da Ver.ª Fernanda com o percentual dos táxis para
mulheres taxistas, e o da Frente Parlamentar da Livre Orientação, da liberdade
sexual, que a Ver.ª Jussara tomou a iniciativa. Ontem, tivemos um dia muito
bonito, o Vereador-Presidente esteve na Sessão Solene das Mulheres, sei que ele
esteve à tarde com idosos e idosas, um painel de fortalecimento da luta das
mulheres, e hoje, para nossa alegria, votamos em primeiro turno – e aproveito
para agradecer – o dispositivo na Lei Orgânica que fará com que o Executivo
venha, anualmente, prestar contas das políticas que realiza de prevenção à
violência contra a mulher. Na segunda-feira, falei para as senhoras os senhores
sobre a tragédia que acometeu a Bárbara, do bairro Lindóia, em 2013, e que
estava na Redenção do inicio do mês de março. E na madrugada de ontem, de
segunda-feira para terça-feira, na Lomba do Pinheiro, um homem assassinou a sua
namorada. E esta noite, novamente, Ver. Nedel, na Zona Norte, mais um
assassinato de mulher. Eu acho, e dizia para a TVCâmara, que nós precisamos
sair da reatividade, não nos basta mais um núcleo de defesa da mulher, onde a
mulher que está sofrendo a violência, ou a ameaça, vá procurar ajuda, ou a
mulher que foi despejada de casa, vá procurar ajuda. Nós precisamos trabalhar
com políticas preventivas; nós temos que alinhar o conjunto do Governo, não é
só a Secretaria. A Secretaria Substituta de Política para as Mulheres, lá
dentro da Secretaria de Direitos Humanos, Ver. Goulart, onde ela vai atuar,
precisa ter força; ela precisa ter força dentro do Governo, onde ela reúna a
Secretaria da Educação, a Secretaria dos Direitos Humanos, a Secretaria de
Saúde, de Esportes, de Cultura, todas, até a Fazenda, porque nós precisamos
atuar em conjunto para alterar a cultura machista, sexista, homofóbica, e isso
se altera com ação coletiva de todas as políticas públicas. E nós precisamos de
orçamento. O Ver. Sgarbossa propõe o Fundo, que seria o nosso sonho. Nós
estamos aprofundando, melhorando as políticas, melhorando a nossa capacidade de
fiscalizar. Nós precisamos ajudar a financiar. E eu tenho a informação - nós
queremos verificar melhor - que a separação da Secretaria de Segurança da
Secretaria de Direitos Humanos fez com que o orçamento da Secretaria de
Direitos Humanos ficasse muito pequeno, em torno de R$ 8 milhões, com custeio,
sendo que dentro desta Secretaria está contemplada a causa indígena, o problema
da erradicação da discriminação racial – lá está a Secretaria de Mulheres –, o
problema da situação rua. Vejo o Luciano Marcantônio se virando com os
imigrantes, e o orçamento é minúsculo. Sem orçamento para impactar com
campanhas fortes, com materiais, com livros para educação, com formação,
capacitação – nós precisamos capacitar todos os agentes públicos nas várias
áreas. Então, este seria o fecho de ouro: nós formarmos um fundo com recursos
que venham de fora, que venham de várias alternativas para melhorar a receita,
o orçamento da Secretaria de Direitos Humanos, para fins de atuação na questão
da política para as mulheres. Então, sobre essa intenção do Ver. Marcelo Sgarbossa,
eu peço aos nobres Vereadores que apoiem a iniciativa para que nós possamos
constituir esse fundo, essa vinculação. Ver. Marcelo, eu não sei se pesquisou,
mas a Defensoria Pública, se não me engano, ou a Justiça constituiu um fundo
para vincular recursos de multas relacionadas a essa questão de gênero. Por
exemplo, nós criamos a multa em relação à amamentação; essa multa poderia vir
para esse fundo para que não fosse perdido no caixa único, mas que fosse
fomentador, suportador de ações preventivas na violência contra a mulher. Esta
é a intenção do fundo: não está vinculando, criando votação nova; é poder
vincular as receitas – a Defensoria Pública tem alguma experiência nesse
sentido, a Justiça também –, receitas outras que possam ser direcionadas para esse
enfrentamento.
A situação é muito, muito grave. Alteração na
condição da mulher exige investimento. Violência contra a mulher não é uma
brincadeirinha, não é um assédio sexual qualquer; ocorrem assassinatos de
mulheres todos os dias, Ver.ª Fernanda, que ontem trazia exemplos aqui na nossa
audiência pública, na nossa Sessão Solene. Na América Latina há exemplos
bastante graves, e no Brasil, infelizmente; Porto Alegre, lamentavelmente,
figura nos mais altos índices de violência contra a mulher, e, para mudar esse
quadro, não basta a legislação, a fiscalização e o financiamento. Não existe
política pública se não houver financiamento. É sobre isso que vamos votar
agora.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir o PLCL nº 008/13.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, o Ver. Sgarbossa tem boas ideias e as traz para o
debate, só que somos impedidos de legislar sobre algumas. Isso, o ilustre
Vereador até sabe, mas gosta de debater o assunto aqui. Ele mesmo, em sua fala,
dizendo que se o seu projeto não for aprovado, que o Executivo… Ele sabe que é
prioridade, exclusividade do Executivo constituir fundos orçamentários. Este é
um fundo orçamentário, não é um fundo, como o Ver. Airto Ferronato veio aqui
falar, igual ao fundo da criança de do adolescente ou o fundo do idoso, não
significa; é um fundo orçamentário, vai pegar verbas especiais no Orçamento
para constituir este fundo e assim fazer um programa para as políticas da mulher.
Claro que a intenção é boa, lógico, só que a
Procuradoria, Ver. Elizandro Sabino, Ver. Tarciso, grande craque, que prende
sua atenção, diz que é exclusividade do Prefeito constituir fundos. Isso
exatamente apontou a Procuradoria; a CCJ, num parecer do Ver. Bernardino,
também fez o mesmo parecer; a CEFOR, num parecer do Ver. Guilherme Socias
Villela, economista, ex-Prefeito da nossa Cidade, apresentou parecer contrário,
aprovado por unanimidade nesta Comissão, que também tem vício de origem, que
vai desde a dispersão das verbas, vai fugir do controle da Secretaria da
Fazenda, o Orçamento do nosso Município. Então, todos os pareceres fundamentais
foram pela rejeição desse projeto. Repito o que o Ver. Marcelo Sgarbossa deixou
já claro, pedindo que o Prefeito mande um projeto de políticas para as
mulheres. Então, no meu entendimento, esse projeto não pode ser aprovado porque
ele fere a nossa legislação municipal. Então, peço aos Srs. Vereadores e às
Sras. Vereadores que rejeitem o projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLCL nº 008/13.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
o Ver. Nedel, com a autoridade de ser um dos mais antigos integrantes da
Comissão de Finanças e Orçamento da Casa, já teve oportunidade de se manifestar
com muito brilho, como é natural em se tratando de manifestação desse nosso
colega. Mas o que mais me impressiona nesse projeto é que ele tem um parecer
sucinto, mas de grande objetividade do Ver. Bernardino Vendruscolo, que,
diga-se de passagem, em matéria de tributação, economia do Município, tem se
destacado muito aqui nesta Casa, pois vários foram os seus projetos e grande
tem sido a sua luta em relação a determinados segmentos da economia do
Município que merecem um tratamento especial na área de tributação. Ele, com
essa autoridade que a sua atuação lhe confere, num resumido, porém objetivo,
parecer da Comissão de Constituição e Justiça, em maio de 2013 - quando nós
éramos, inclusive, Sr. Presidente, o Presidente da Comissão de Constituição e
Justiça –, exarava o parecer e merecia o apoio da grande maioria da Comissão –
por seis votos a um ele foi aprovado, o único voto discrepante foi do Ver. Alberto
Kopittke, que se manifestou contrário à posição. Não fora isso, não fora o voto
do Ver. Kopittke, essa matéria já teria sido arquivada, até porque é uma
matéria já cediça aqui na Casa. Ao longo do tempo, nós vimos, ano após ano,
tentativas da criação de fundos serem rejeitadas na Casa ou aprovadas em
projeto e depois vetadas pelo Executivo, dada a forma expressa com que a
legislação e a jurisprudência tratam dessa matéria. Então eu acho que, em
determinados momentos, nós temos que ter a condição e a tranquilidade de
oferecer para a Casa algumas posições que não venham contaminar depois a sua
efetividade. E olha que eu falo com a segurança e a tranquilidade de quem teve
dois projetos seus vetados pelo Prefeito ultimamente, com vetos com os quais eu
não me resigno, porque eu acho que não têm, como no caso dessa matéria,
substrato suficiente para invalidá-los. Aqui, como diz o americano, mais do que
está escrito na lei, nós temos o precedente, e os precedentes são imensos nesse
particular. Todos os projetos que têm sido intentados nesse sentido, ainda que,
muitas vezes, repletos de mérito, como é o caso concreto, em que o mérito é dos
melhores, mas a lei, a jurisprudência, as decisões dos órgãos judiciais do País
são todas no sentido de resguardar de forma absoluta a prerrogativa da
constituição dos fundos ao Poder Executivo. Diria: seria isso pouco
republicano? Seria isso merecedor de um melhor enfoque por parte do legislador?
Pode até ser, creio até que seria, mas, enquanto isso não for modificado, enquanto
a lei for assim, enquanto a jurisprudência for essa, não resta outro caminho
para nós senão seguir, Ver. Nereu, como V. Exa. no seu voto aqui muito bem
declarou, a posição estabelecida de forma pacificada, unânime, consagrada por
parte da jurisprudência nacional. Por isso eu quero dizer, com toda
tranquilidade, que, ainda na segunda-feira, nós éramos saudados pelas colegas
Vereadoras na semana da mulher, no mês da mulher ter tido várias posições
favoráveis à sua proposta, mas, neste momento, na homenagem que o Vereador
pretendia fazer em 2013, e que quer agora consagrar em 2016, prestigiar a
mulher com a criação desse fundo, dizer que esbarra na mais absoluta
inconstitucionalidade. Sintetizando o pronunciamento e afirmando de forma
categórica que não há outro caminho para nós se não votar pela rejeição do
projeto, como o fizeram a CCJ, CEFOR e a maioria da Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o PLCL nº 008/13. (Pausa.) O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 008/13.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, gostaria de fazer um breve encaminhamento. Nós
entendemos que o objetivo é importante, só que é ilegal e antirregimental, fere
toda a legislação municipal, o que foi deixado muito claro aqui pelo Parecer da
Procuradoria, pelo Parecer do Ver. Bernardino Vendruscolo, pela rejeição do
projeto, com óbice evidente, pelo Parecer do Ver. Guilherme Socias Villela,
pois não é função do Legislativo legislar sobre constituição de fundos. Quero
deixar muito claro quer esse fundo proposto não é um fundo previsto pela
legislação do Imposto de Renda, abatível, como o é o fundo da criança e do
adolescente e o fundo do idoso. É um fundo orçamentário, ou seja, privativo do Executivo. Então, por gentileza, vamos cumprir a legislação, votando
contra o projeto. Entendo que o Ver. Sgarbossa já solicitou ao Prefeito que
mande um projeto adequado para, talvez, constituir um fundo para políticas das
mulheres, que possuem mérito, sim, mas a legislação atual não permite. Então,
solicito a rejeição desse projeto. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 008/13.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Primeiro,
quero agradecer ao Ver. Airto Ferronato fez aqui na tribuna, agradecer por este
gesto, pelo que sei, há uma orientação da base do Governo em votar contrário ao
projeto. E quero me solidarizar aqui aos Vereadores que são sensíveis ao tema,
entenderam a problemática que levantei aqui na minha primeira intervenção. E o
Ver. Ferronato sobe aqui justamente para lembrar daquilo que eu não lembrava:
quem era o autor de um projeto que criava um fundo municipal – um Vereador,
portanto. Esse Vereador se chama Airto Ferronato e foi quem criou o Fundo
Municipal dos Direitos do Idoso, em pleno vigor, não vetado pelo Prefeito.
Acredito eu – não tenho essa informação, não deu tempo de pesquisar – que os
Vereadores Nedel e Pujol, provavelmente votaram a favor da criação do Fundo
Municipal do Idoso, proposto pelo Ver. Airto Ferronato. Então, vejam, subir
aqui na tribuna para dizer que há um problema formal e que não poderia ser um
Vereador o proponente da criação de um fundo, é uma forma de fugir do debate,
porque em outros momentos já votaram a favor – eu fiz aqui a lembrança na minha
primeira intervenção. No final do ano passado, criamos uma agência reguladora
dos serviços públicos, proposta por um Vereador, o Ver. Clàudio Janta.
Então, eu quero dizer
que nós estamos numa Casa política; é um projeto que dá efetividade às
políticas públicas ligadas ao direito da mulher, é um projeto de 2013, e todo
ano, em 2014 e 2015, nós o colocamos para ser votado, esperando que o Governo,
se for rejeitá-lo, que rejeite então e apresente o projeto de criação do fundo,
mas não o fez até agora. Realmente esse é mais um dos projetos que, pelo fato
de ter sido proposto por um Vereador da oposição, mesmo que ele seja bom para a
Cidade e para a sociedade, mas por ter sido proposto por Vereador da oposição,
o Governo decide orientar a sua base para votar contra. Vejam: eu quero só
lembrar que, se essa é uma posição do Governo, tudo bem, mas então que
apresente o projeto. Nós estamos há três anos colocando-o e retirando-o da
Ordem do Dia. Que o Governo faça como fez em outros projetos de nossa autoria.
Eu tenho três projetos aqui que nós apresentamos, e depois o Governo apresentou
projetos idênticos, como o de transporte de animais, criação do fundo municipal
cicloviário, em que o Governo rejeitou o nosso e aprovou o deles. Então aqui
mostra efetivamente que o Governo não tem interesse na criação do fundo, na
efetivação dos direitos da mulher, de forma não retórica, mas de forma real e
efetiva porque garante fundos. A Ver.ª Sofia aqui estava lembrando do Fundo de
Aparelhamento do Judiciário, quando alguém é condenado, e o autor é a
Defensoria Pública, essa condenação reverte para esse Fundo. Nós poderíamos ter
aqui as multas aplicadas em relação à violação dos direitos da mulher para esse
fundo, além das subvenções orçamentárias, doações e uma série de outros
recursos, fundo a fundo, que poderiam ser destinados para esse fundo municipal.
Então, eu
quero aqui lamentar, vejo inclusive que os Vereadores nem sobem à tribuna, porque
estão orientados a votarem contrariamente, e os Vereadores que subiram alegam
este argumento formal de que não poderiam aprovar a criação do fundo proposta
por um Vereador. Eu lamento isso, como autor do projeto. Está aqui a Ane, minha
colega, assessora que trabalhou muito, tratamos de divulgar essa nossa
iniciativa e divulgaremos, logicamente, se ele for rejeitado. Acho que tem que
sair daqui para a sociedade essa negativa da Câmara e do Governo que poderiam,
nesses últimos dois anos, ter apresentado um projeto de criação do fundo, se
era mesmo que entendiam que deveria ser proposto por eles. Mas não o fizeram
até agora, e o projeto tramita há três anos nesta Casa. Então vamos para
votação, e não deixa de ser a forma que temos de reivindicar que as mulheres
tenham um fundo destinado para a efetivação das políticas públicas. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, o PLCL nº 008/13. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADO por 10
votos SIM, 16 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. NEREU D’AVILA (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação, para que
possamos, imediatamente, passar à votação do Requerimento nº 151/15. Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 151/15 – (Proc.
nº 2744/15 – Ver. Nereu D’Avila) – requer seja encaminhada Moção de Repúdio a ato de
violência contra o Sr. Bráulio Pelegrini Escobar, motorista do Uber agredido em
Porto Alegre no dia 26-11-15.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o
Requerimento nº 151/15. (Pausa.) O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 151/15.
O SR. NEREU
D'AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, os motivos deste
Requerimento são óbvios, primeiro contra a violência, que é generalizada, que
não é só contra esse cidadão, mas contra mulheres, enfim, a violência está
disseminada; mas também me inspirou o comportamento desse cidadão. Eu nunca
falei com ele, não o conheci, mas as declarações dele à época foram
impressionantes. Ele poderia ficar magoado, vingativo, enfim, qualquer reação
seria natural porque ele foi barbaramente espancado lá perto do Carrefour.
Contrariamente a isso, ele foi sereno e chegou a dizer - eu ouvi, todos ouviram
e lembram – o seguinte: “Olha, esses taxistas que me bateram, que me
esfacelaram não são maioria; a maioria são pessoas trabalhadoras.” Ou seja,
defendeu a posição de verdadeiros marginais que se infiltraram e se infiltram -
e até a EPTC já tomou medidas -, que se travestem de taxistas. E até, em
relação a isso, outro dia a Ver.ª Fernanda Melchionna apresentou em vídeo, são
estupradores.
Esse cidadão teve uma serenidade que me
impressionou. Acho até que ele realmente está compatibilizado para ser um bom
motorista.
Aliás, hoje, como os jornais publicaram, o
Ministério Público deve estar reunido lá na Prefeitura para a elaboração do
projeto de regulamentação do Uber. Nós todos temos razão, assim como aqueles
que cobraram, que é evidente que ninguém pode trabalhar só para ganhar, sem
nenhum compromisso com a Prefeitura. Isso não existe! Então, está se
consubstanciando hoje a comissão que o Prefeito nomeou, liderada pela EPTC e o
Ministério Público, para a elaboração de um projeto que vai chegar em seguida a
esta Casa para votação sobre a regulamentação do Uber.
Agora, a minha Moção é no sentido de que,
realmente, essa violência não leva a nada. E é aquela história do ditado
popular: há males que vem para bem. Chamou a atenção que existiam gangues,
existiam pessoas que tem 30 táxis, que exploram o trabalho de outros e que
ficam lá, tranquilos, ganhando a custa do serviço dos outros, pagando mal
taxistas, honrados, que trabalham, ou seja, irregularidades que têm que ser
corrigidas. Foi denunciado que existe já há cinco anos na Restinga
clandestinidade de táxi e lotação. Tem que ser corrigido. Enfim, há males que
vem para bem. Chamou a atenção, então, para a violência de alguns taxistas, que
foram presos, esses que bateram nesse cidadão, e a nossa Moção, então, é contra
a violência ao Sr. Bráulio Pelegrini Escobar, que não é só porque dirigia um
Uber, é porque se comportou, no episódio em que ele foi barbaramente espancado,
em vez de mostrar ódio, vingança contra toda a classe taxista, não, ele
defendeu a classe e disse que aqueles que bateram nele eram minoria e outros
existem também e que são bandidos, drogados e outros. E isso serviu para chamar
a atenção de todos na cidade de Porto Alegre que tem que escoimar do seio de
taxistas honestos e da classe trabalhadora de taxistas esse tipo de elemento.
Agora, não se justifica de maneira nenhuma a violência bárbara contra esse
cidadão. Por isso nós pedimos essa Moção que, no caso, não só é contra a
violência generalizada, contra a violência no caso em tela contra este cidadão,
coincidindo que o cidadão mostrou que não merecia, nem por atitudes, pois
mostrou serenidade em um momento em que, se fosse um de nós espancado daquela
maneira, talvez quiséssemos verberar e até generalizar contra os taxistas essa
violência. Não, porque nós sabemos que a maioria da classe taxista é gente boa,
trabalhadora.
Claro que esse episódio do Uber serviu para chamar
a atenção e que tem que haver regulamentação. O Poder Público tem que controlar
tudo isso; agora, a população decide: eu quero andar de táxi, eu ando; eu quero
andar de lotação, eu ando; eu quero andar num veículo de Uber, também tenho o
direito de andar. Por isso é uma Moção que, no caso, não há nenhum prejuízo e
atinge exatamente aqueles que estão denegrindo a classe dos taxistas. Esse
rapaz tem bom caráter, e a demonstrou, e merece continuar trabalhando. E,
finalmente, a regulamentação do Uber, que se impõe, porque ninguém pode
trabalhar numa Cidade, ganhar somente e não pagar nada, assim como todo mundo
paga. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Cassio, quero dizer que a Bancada do Partido dos Trabalhadores é
favorável à Moção e repudia veementemente qualquer solução de conflito urbano
pela violência.
O SR. PRESIDENTE
(Cassio Trogildo): Está registrado. O Ver. Bernardino Vendruscolo está
com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 151/15.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Muito obrigado, Sr. Presidente. Ver. Nereu,
proponente, quero dizer que vou votar, evidentemente, com V. Exa., porque não
podemos, aqui, incentivar essas agressões que têm ocorrido, agora, vou
aproveitar, o senhor é o Presidente Municipal do PDT, é do Partido do Prefeito
Fortunati: Nós estamos demorando muito a dar uma sinalização para a sociedade
no que diz respeito às questões do Uber. A Cidade precisa ter uma sinalização.
Eu, particularmente, ainda que tenha sido mal interpretado, intencionalmente
por alguns que têm limitações de interpretação - ou eu não tive a capacidade de
me expressar para dizer do meu sentimento -, nunca fui contra o Uber, agora,
não sou favorável à bagunça. Não pode chegar alguém de fora e ditar normas. É
obrigação do Município e do Prefeito regrar as questões do serviço público. O
que está acontecendo? O Uber agora não é só mais um carro preto, tem carro de
todas as cores, e nesta linha temos que facilitar para outros aplicativos,
outras associações também fazerem esse trabalho na Cidade. Ou nós legislamos e
apoiamos o Prefeito nesta linha ou vamos permanecer com o que está posto hoje.
É lamentável que estejamos acomodados aqui, vamos dizer assim, aguardando
possíveis incidentes, como esse que ocorreu, que V. Exa. está trazendo esta
moção e nós vamos acompanhar, mas não está certo o que está acontecendo. Nós
estamos parados aguardando, de repente, outra tragédia. Além disso, se é para
dizer que o Uber pode operar na Cidade, nós precisamos proporcionar a outros
aplicativos, criados por entidades financeiras, inclusive. Por que o Banrisul
não pode criar um aplicativo e entregar a uma associação de taxistas ou de
outros condutores, semelhantes ao Uber, para operar na Cidade? O que nós não
podemos é aceitar que - e aí eu preciso dizer, eu sempre fui muito parceiro e
sou parceiro dos nossos taxistas aqui, agora, sempre sinalizei e volto a
sinalizar - o serviço de táxi em Porto Alegre está longe de atender, na sua
grande maioria, não dá para generalizar, é claro, a expectativa da sociedade.
Se os motoristas que operam com o Uber têm condições de ganhar dinheiro
oferecendo um carro novo, os outros também podem. O que está havendo? Então, eu
quero lhe pedir encarecidamente, V. Exa. é Presidente do PDT, o Prefeito é do
PDT, para que aproveite essa oportunidade, o Prefeito tem que sinalizar com
alguma coisa de concreto. O que nós não podemos permanecer aceitando é essa
indefinição. Quer dizer, não pode, mas eles estão trabalhando, e eu estou
dizendo isso com prova, porque as minhas filhas usam o Uber. E aí? “Oh, pai,
para com este teu...O Uber é moderno, o Uber é assim e assado.”. Eu perdi o
discurso em casa, essa é a verdade, mas eu acho que dá para nós chamarmos os
taxistas, eles têm que se organizar e terem oportunidade de trabalhar igual ao
Uber. Ou o que está havendo? Eles não têm condições? Bom, quem não tem
condições dá lugar para quem tem. Essa é a verdade, Ver. Clàudio Janta. Agora,
não dá para darmos exclusividade ao Uber, que trabalha ilegal, meio ilegal - e
aí? Então, nossos cumprimentos a sua moção, vamos apoiar, eu apoio, mas fazendo
este apelo: V. Exa. é do partido do Governo, já passou muito tempo, nós
precisamos regularizar isso. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 151/15.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste nas galerias e através da TVCâmara, nós somos contra qualquer ato de
violência, ligamos para prestar a nossa solidariedade a esse trabalhador que
foi agredido, mas o Ver. Bernardino traz um tema que nós temos que discutir
aqui nesta Casa. Nós fomos crucificados, apedrejados, chamados de retrógrados,
de atrasados nessa questão do aplicativo, mas ninguém, nesta Casa, legislou
para uma empresa, que teve um funcionário seu acusado, condenado e preso por
estupro, nos Estados Unidos, sua sede. O Ver. Bernardino falou muito bem e quero entrar nessa questão: quem
administra a Empresa Pública de Transporte e Circulação permitiu, Ver. Alex,
que esses marginais que agrediram o trabalhador tivessem o carteirão; permite
que marginais que estupram passageiras tenham carteirão; permite que pessoas em
liberdade condicional tenham carteirão; permite que pessoas que assaltam tenham
carteirão; não permite que um motorista de táxi – e tem um projeto de minha
autoria sobre isso – forneça bala, água mineral, serviço de bonbonnière para os seus passageiros;
trata a questão do transporte em Porto Alegre como se fosse uma questão sua,
particular; não enfrenta quem tem dezenas de táxis em Porto Alegre, não se
sujeita a regras e escraviza os motoristas de táxi em Porto Alegre – escraviza!
(Aparte antirregimental do Ver. Bernardino Vendruscolo.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: O Ver. Bernardino pede que eu explique para as
senhoras e os senhores o que é o carteirão.
O carteirão é a autorização que a EPTC dá ao motorista para dirigir um táxi em
Porto Alegre. Quando se entra num táxi, tem uma carteira na frente com a
identificação do motorista. Ele só pode dirigir se a EPTC der essa carteira que
é renovada de seis em seis meses. E a EPTC dá essa carteira para o cara que
agride, que estupra, que rouba! E ele tem que apresentar a ficha corrida, os
antecedentes! E como a EPTC dá? Por que não veio até hoje o projeto de
regulamentação do Uber? O Ver. Bernardino cobrou muito bem isso! Novamente,
quem legislou? O Ministério Público deu 90 dias para a Prefeitura. Qual
Vereador foi convocado para discutir a questão da legalização dos aplicativos
em Porto Alegre? Há vários que estão discutindo aqui, eu sou um deles e não fui
chamado para uma reunião na Prefeitura para discutir isso. Isso vai dar muitos
problemas, porque eu tenho vários projetos apresentados nesta Casa discutindo
isso. Mas a Prefeitura nunca chamou! Por quê? Nós não podemos participar desse
assunto? Nós estamos aqui para legislar! Somos contra qualquer forma de
agressão contra motoristas de aplicativos, taxistas, motoristas de ônibus,
passageiros. Por isso temos projeto para colocar câmeras dentro de ônibus.
Temos que acabar com a violência em Porto Alegre.
Então, Ver. Nereu,
vamos votar a favor da sua moção. Solidariedade a todos os trabalhadores, sejam
eles irregulares, porque se acontecer algum sinistro com o seu carro, ele vai
perdê-lo, vai perder o seguro, vai perder o seu ganha-pão. Tanto os
trabalhadores com atividades informais ou formais, nós somos contra qualquer
tipo de violência, principalmente contra qualquer coisa que jogue um
trabalhador contra o outro. É isso que está acontecendo em Porto Alegre, quando
se detém a informalidade há mais de cinco meses e não se toma uma atitude para
acabar com isso. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Delegado
Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver.
Elizandro Sabino está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
151/15.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras
e Srs. Vereadores, público que nos assiste através da TVCâmara, boa tarde. Ver. Nereu
D’Avila, essa sua proposição, por ser uma Moção de Repúdio contra a agressão,
seja contra qual for a agressão referida, sempre terá o nosso apoio. Esse caso
do Uber, obviamente, foi algo que deixou toda a sociedade consternada. Nós,
Vereadores, inclusive, não esperávamos uma atitude dessas por parte de dois ou
três bandidos. São bandidos que, com uma folha corrida grande, foram lá e
agrediram o trabalhador por uma questão de disputa de mercado. Então essa sua
Moção de Repúdio contra a agressão ao motorista terá o nosso apoio sempre, pode
ter certeza!
Eu subo a esta tribuna – fui motivado nesse sentido
– apenas para destacar que, há uma hora, o Prefeito Fortunati esteve em uma
reunião com o Ministério Público e com a Procuradoria-Geral do Município para
receber contribuições a respeito da regulamentação dos aplicativos de transporte individual. Eu, que acompanhava o Twitter
enquanto V. Exa. falava, verifiquei que, há mais ou menos uma hora, ele saiu
dessa reunião, que tratava justamente desse tema. E, quando o Ver. Janta traz
aqui a provocação no sentido de que o Executivo deve trazer uma proposição, um
projeto concreto para esta Casa, nós entendemos que, realmente, isso se
aproxima pela evolução do diálogo que tem sido estabelecido, agora, também, com
o Ministério Público Estadual.
Outrossim, Ver. Nereu, Ver. Janta e demais Vereadores
que aqui acompanham a Sessão, nós estamos também na iminência de enfrentar
outro tema: os motociclistas, com o seu sindicato, querem oferecer serviço de
mototáxi em Porto Alegre e prometem bater de frente com a EPTC, a exemplo do
que já aconteceu em Novo Hamburgo. E lá os motociclistas têm a regulamentação,
o serviço de mototáxi atua de forma regulamentar. Esse tema vai vir para esta
Casa, e vamos ter que enfrentá-lo, com certeza. Mas no que diz respeito ao
projeto de V. Exa., terá todo o nosso apoio, porque, efetivamente, somos contra
a toda e qualquer tipo de agressão e formas de preconceito a quem quer que
seja, no exercício de sua profissão. Parabéns pela iniciativa, e terá o nosso
apoio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 151/15.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu gostaria de
falar em meu nome e da Ver.ª Fernanda Melchionna, Líder do PSOL, e manifestar,
inicialmente, o apoio à Moção encaminhada pelo Ver. Nereu D’Avila, a esta Casa
Legislativa, referindo-se ao ato de violência contra o Sr. Bráulio Pelegrini
Escobar, motorista do Uber, agredido em 26 de novembro de 2015. Todo ato de
violência deve ser, sim, repudiado, deve ser, sim, coibido, deve ser, sim,
combatido para que possamos ter uma sociedade mais tranquila, mais serena, em
que as pessoas sejam respeitadas e valorizadas por serem, pura e simplesmente,
indivíduos, com seus defeitos, com as suas virtudes, mas respeitados, assim
como nós desejamos ser respeitados, também. Porém, elogio também o Ver. Nereu
D’Avila por refletir sobre a sua posição durante a votação do projeto
encaminhado pelo Ver. Clàudio Janta, o Ver. Nereu D’Avila foi um dos que fez
mais enfaticamente fez o combate a esse projeto, e às emendas propostas a ele.
Emendas essas que eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna propusemos, que trariam como
contribuição a obrigatoriedade da regulamentação desse serviço.
E aí vai o meu elogio, o Ver. Nereu D’Avila, provavelmente refletiu, pensou
melhor e avaliou que a regulamentação é necessária nesse caso. Parabéns, Ver.
Nereu D’Avila! Para terminar a minha fala, lamento, porque, desde o dia 25 de
novembro do ano passado, quando houve esse debate na Câmara, quando da
aprovação do projeto do Ver. Clàudio Janta, houve um silêncio, um grande vácuo
de comunicação e de atitude por parte do Executivo Municipal, simplesmente não
se ouviu mais falar de nada, a Prefeitura silenciou. Pouco tempo depois, devido
justamente a esse silêncio, eu, a Ver.ª Fernanda Melchionna e o Ver. Alberto
Kopittke tomamos a iniciativa de propor nesta Casa Legislativa um
projeto-piloto para tentar fazer
essa regulamentação necessária do serviço de Uber em nosso Município. O projeto
está em tramitação, está na CCJ, se não me falha a memória. Mas o Executivo,
que deveria realmente regulamentar tal serviço, se cala. E, para minha
surpresa, os Vereadores que me antecederam, no caso o Ver. Elizandro Sabino, o
Ver. Nereu D’Avila comunicam que há uma reunião do Ministério Público com a
Prefeitura neste exato momento. Na verdade, não é bem uma reunião, vamos
colocar às claras para as pessoas que estão nos assistindo, a Prefeitura está
sendo intimada a apresentar um projeto a esta Casa Legislativa em 90 dias. Está
sendo intimada! Então não é uma reunião harmoniosa, não é uma reunião de
amigos, não tem bolachinha e chá sendo servidos. A Prefeitura está sendo
cobrada a fazer o seu trabalho, coisa que não fez até agora. vamos esclarecer
os fatos, é necessário que a população não seja iludida. A Prefeitura realmente
deixou esse vazio, deixou Porto Alegre na continuidade do Uber sem
regulamentação, ele está operando nesta Cidade sem o mínimo de regulamentação,
o que ocorre em outras localidades do planeta, como, por exemplo, a
uniformidade da cor dos veículos, não há cadastramento dos motoristas. e, por isso,
a Prefeitura está sendo colocada contra a parede, justamente por essa inércia,
por essa incompetência e por essa demora em fazer o trabalho que é seu dever.
Portanto, Ver. Nereu D’Avila, parabéns pela iniciativa, toda iniciativa que
visa o combate à violência é válida e por isso tem todo o apoio da Bancada do
PSOL nesta Casa Legislativa. Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Elizandro Sabino assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Elizandro Sabino): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 151/15.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores; colegas funcionários desta Casa;
senhores que nos assistem aqui e pela TVCâmara, eu não falaria desta tribuna,
porque algumas situações têm mais de um aspecto. Ultimamente, temos visto a
crucificação dos taxistas da cidade de Porto Alegre, infelizmente, muitas
vezes, de forma generalizada. São profissionais que muito nos servem,
profissionais que trabalham e sustentam suas famílias, mas que temos visto, por
um ou outro ato isolado, serem crucificados. Sou um dos que é favorável,
senhores, ao Uber, mas não da forma como chegou na Cidade, como faroeste –
assim não, dessa forma não. Porque se eu for defender aqui o Uber trabalhando
dessa forma, terei de defender também aquele trabalhador que não pôde enfrentar
a burocracia e trabalha com os táxis clandestinos. “Ah, mas um Delegado
defendendo isso?” É a mesma coisa
senhores! Eles estão burlando a burocracia, estão burlando a documentação e a
regulamentação, estão usando o carro clandestinamente tanto quanto aquele
trabalhador que tem o seu carrinho lá e que não pode ter o tal carteirão. E
quem me garante, senhores, que dá mesma forma que tem taxista bandido – é um
ser humano, não são as instituições –,que não merece ter o seu carteirão,
amanhã ou depois, nós não teremos algum motorista do Uber que também não mereça
ter o carteirão? Então, quero frisar: eu sou a favor do Uber. Quero dizer para
o Ver. Prof. Alex Fraga que o Prefeito Fortunati, mais de uma vez – eu acho que
por três vezes – tentou sentar e discutir democraticamente com aqueles que
queriam transformar num faroeste: “Cheguei aqui e, a partir de hoje, começo a
me estabelecer. Azar de quem já está estabelecido, azar de quem leva alimento
por meio do trabalho do taxista para a sua casa”. Senhores, é bom ter um
Vereador preocupado com o aumento da violência, com uma ação violenta como foi
o caso do Uber, mas nós também temos de nos preocupar com a periferia. Vamos
fazer moções para a Vila Cruzeiro onde estão querendo fechar o posto médico. Eu
vejo a toda hora na televisão que vão fechar o posto porque os profissionais
não aguentam mais a violência na Vila Cruzeiro. Vamos fazer moção para a Vila
Safira, onde foi degolado um rapaz há pouco tempo. Então, senhores, que bom que
tem alguém preocupado com a violência, mas vamos nos preocupar mais amplamente.
A gente sabe que, muitas vezes, em vez da moção da violência, estamos tocando é
no retorno do Uber. O Ministério Público, que muitas vezes quer estar aqui
legislando no nosso lugar, convocou o Prefeito Fortunati,
porque, a partir das três convocações que foram feitas para o Uber... Espero
que agora o Uber esteja junto! Que não veja que aquele fato de não querer
legislação, de não querer regulamentação cria esse sentimento de mídia fácil.
Enquanto alguém não quer me dar a regulamentação, que bom, eu apareço toda hora
na televisão, inclusive na Câmara Municipal. Então, nós temos que rever algumas
situações. Não é o Ministério Público que está obrigando o Prefeito Fortunati.
Ao contrário! Eu acho que, desta vez, está obrigando o Uber a sentar com o
Prefeito Fortunati, porque as outras três tentativas não deram certo. Obrigado,
senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Delegado
Cleiton reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento nº 151/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à votação da
Indicação nº 043/15 e da Indicação nº 003/16. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND.
Nº 043/15 – (Proc. nº 2368/15 – Ver. Clàudio Janta) – que
sugere ao Governo Municipal a alteração do horário da coleta de lixo em vias de
grande circulação.
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): Em votação a Indicação nº 043/15. (Pausa.) A
Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Indicação
nº 043/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Delegado Cleiton, Vereadoras e
Vereadores, público que nos assiste, nos acompanha, às vezes, na madrugada,
quando a Câmara transmite o nosso debate. Eu estou me tornando um pouco
repetitiva, mas eu vou insistir, porque eu não tenho retorno ainda da base do
Governo sobre esse tema, Ver. Janta, que V. Exa. agora aqui propõe, uma
indicação que o Município altere o horário de recolhimento dos contêineres nas
vias de grande circulação. A minha via é de grande circulação, a Rua Carazinho,
e eu sei que esse é um problema em várias regiões. Eu liguei para o 156, e fui
informada de que as coletas são feitas nas segundas, quartas e sextas-feiras à
noite, mas o caminhão passa de dia e não passa nas segundas, quartas e
sextas-feiras. E passa, no máximo, duas vezes por semana, não três vezes por
semana. Já acompanhei uma semana cheia, porque eu acompanho o conteúdo dentro
do contêiner, durante todo o dia. Então tem uma questão que é séria, a Rua
Carazinho é muito conflituada, de fato, dá um problemão no trânsito,
porque as ruas Ivo Corseuil e Carazinho confluem para o mesmo ponto onde está o
contêiner, e aí, quando o caminhão estaciona ali, tem uma farmácia de um lado,
tem uma casa de assados de outro... É uma confusão total, e é durante o dia.
Mas o que é mais grave, na minha opinião – não é muito demorado, eles saem, mas
é uma conturbação –, é que a Prefeitura paga por um serviço que, em tese, deve
se realizar três vezes por semana e não se realiza três vezes por semana. Eu
queria levantar esse tema da fiscalização da terceirização, porque é exemplar,
nesse tema do caminhão que faz o recolhimento do lixo no contêiner, porque o
recolhimento do lixo doméstico, que é direto, o do lixo seco, que também tem
problema de garantir os dias... E a Prefeitura, desde 2011, quando eu tive a
honra de ser Prefeita interina, nós tivemos um problema sério nos primeiros
dias, com chuva. Tinha crise na empresa dos caminhões, e eu acompanhei
caminhão, fizemos algumas coisas diretamente, e a Prefeitura, a partir dali,
prometeu trabalhar com um sistema eletrônico de controle dos caminhões, da
coleta de lixo. De lá para cá, eu não vejo melhorias nesse controle, mas eu
queria que o Governo se informasse. Eu sei que as lideranças aqui não têm como
responder agora, mas acho que seria importante, até quero sugerir, uma vinda do
Secretário Carús, para nós trabalharmos a questão da limpeza urbana de forma
geral. O Ver. Janta encaminhou o pedido de presença do Secretário da Fazenda, e
eu acredito que o tema do lixo é merecedor de um bom debate neste plenário,
porque tem o tema da conteinerização, o tema do controle da terceirização e os
custos da Prefeitura, o tema sobre os focos de lixo na rua que são resultados
dessa não regularidade da terceirização. E sobre esses temas é importante que
nós tenhamos da Prefeitura um retorno específico. A informação que nós tivemos na
quinta temática após temporal, a notícia nova do Vice-Prefeito aqui nesta Casa
foi que o DMLU estaria assumindo as praças e parques, porque houve uma decisão
final, Ver. Janta, de que o ano passado ficou um sombreamento, quem é que
limpava as praças, quem é que fazia a limpeza? Era a SMAM ou o DMLU? Enfim,
sabemos, informalmente, a partir deste ano, é o DMLU; portanto, também a
limpeza das praças e parques, a cargo do DMLU, queremos saber deste contrato,
qual a periodicidade, o que está previsto? Então, vou formalizar porque acho
que a nossa Câmara ajuda, fiscalizando e exigindo que o Executivo venha trazer
elementos para esta fiscalização. Acho que é caro o serviço de limpeza urbana;
quanto menos cultura temos de seleção de lixo, de cuidado com a Cidade, esse
serviço precisa ter uma outra qualidade de intervenção. Quero sugerir isso,
dizendo que apoio a Indicação, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que sugere ao Governo Municipal a alteração do horário da coleta de
lixo em vias de grande circulação, acrescentando que temos que ter um controle
efetivo do serviço realizado.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Indicação nº 043/15.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, colegas Vereadores, na verdade, estamos fazendo esse
Indicativo, que era um projeto que tínhamos; depois de dialogar com o Líder do
Governo, que nos explicou que a Prefeitura tem contratos firmados com as
empresas e que teria que alterar esses contratos, fizemos este Indicativo para
os próximos contratos. O relato que a Ver.ª Sofia faz aqui sobre a rua onde
mora é igual ao relato que faço das ruas onde trabalho, Rua General Vitorino e
Av. Cristóvão Colombo. Nesses locais, quando ocorre a coleta dos contêineres,
em determinado dia, pensei que estava havendo uma manifestação na Rua Salgado
Filho, tamanho era o engarrafamento. Na verdade, estava ocorrendo coleta de
contêiner na Rua General Vitorino. Então, isso ocorre em todas ruas centrais,
nas ruas de bairros de Porto Alegre, devido ao horário em que é feita a coleta
de contêineres, geralmente em horário de grande fluxo de veículos, horários
inadequados, horários em que a Cidade está se movimentando. A nossa proposta é
bem clara, que estes horários não sejam nos horários em que a Cidade tem
necessidade de se movimentar: no horário da manhã, no almoço e no final de
tarde. Então, tem uma série de horários que as empresas, se organizando, podem
fazer a coleta desses contêineres, que deveriam ser como são em todas as partes
do mundo, menos aqui no Brasil, em que os contêineres são subterrâneos, não
influenciando no tráfego e em nada. Mas aqui, por falta de planejamento de
todas as nossas cidades, por falta de projetos, eles vieram dessa forma,
trancando as nossas ruas que não são planejadas para isso, Ver. Mauro. Não
levaram em conta o estacionamento dos carros, as ciclovias, mais os pedestres e
mais os contêineres, que hoje ocupam vagas de carros, o planejamento não foi
bem feito. Tenho fotos de contêineres que estão em paradas de ônibus, estão em
frente de clínicas que precisam de vagas especiais, como em clínicas de
ortopedia em que as pessoas precisam descer para comprar prótese, muletas e tem
contêineres em frente a essas clínicas, então são várias coisas, mas
principalmente o horário de recolhimento dos lixos dos contêineres.
Nós temos outros projetos, de outras questões
também, como é a questão das autoescolas que fazem as suas aulas no horário de
pico da Cidade – o horário em que as pessoas estão se deslocando para a escola,
para o trabalho, sendo o horário em que a Cidade pulsa. Então, nós pedimos aos
colegas que aprovem esse Indicativo para que a Cidade e as pessoas vivam bem,
tendo um pouco mais de humanização no trânsito e um pouco mais de qualidade de
vida das pessoas.
Endosso aqui o que a Vereadora disse: nós temos que
ter um pouco mais de fiscalização, saber mais se realmente a empresa
terceirizada está cumprindo isso. Nós tínhamos proposto aqui uma agência
reguladora de serviços prestados, mas infelizmente a Prefeitura vetou. A
Prefeitura acha que traria um custo, eu acho o contrário: isso traria para a
Prefeitura um suporte técnico, traria, com certeza, mais recursos. A função
dessa agência seria regularizar, Ver. Alex, os serviços que a Prefeitura
terceiriza, serviços que a Prefeitura concede e, entre eles, estariam a coleta
seletiva de lixo, a coleta de lixo, a capina, estariam todos os serviços que a
Prefeitura passa para terceiros. Infelizmente, a Prefeitura não entendeu que
seria um projeto importante para a cidade de Porto Alegre. Esperamos que, no
próximo ano, esse projeto seja apresentado pelo Executivo, ou que seja
apresentado novamente nesta Casa, e que seja entendido que é necessário para a
cidade de Porto Alegre ter uma agência que regularize todo esse serviço para
que não ocorram esses relatos de que a empresa tem um contrato de passar três
vezes por semana, que passe somente dois; que a empresa tenha que passar em um
horário específico, passe no horário em que queira. Então eu pediria aos
colegas que aprovem esta Indicação. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. O Ver. Mauro Pinheiro
está com a palavra para encaminhar a votação da Indicação nº 043/15.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; Ver. Clàudio Janta, eu estava
prestando bastante atenção nos seus comentários a respeito dessa Indicação que
está em votação, que trata da coleta de lixo em vias de grande circulação. O
senhor tem razão, votarei favoravelmente porque acho que temos que rever essas
questões, pois as nossas vias públicas já estão bastante carregadas de veículos
e, muitas vezes, temos dificuldade na mobilidade urbana, e caso haja um
caminhão recolhendo os contêineres, acabará parando todo o trânsito da via, o
que vai gerar um congestionamento em outras vias pelas quais o caminhão nem
está passando. Então o senhor tem total razão de que essa coleta poderia ser em
horários alternativos que, dessa forma, desafogasse o trânsito.
Não só a
coleta de lixo, Ver. Clàudio Janta, como também reparos em avenidas e grandes
vias da cidade de Porto Alegre. Muitas vezes, na segunda-feira de manhã, há uma
obra em andamento em uma avenida importante, uma via que leva ao Centro de Porto
Alegre. Por que já não foi feito no domingo o conserto de um buraco como na Av.
da Legalidade, ou em outras avenidas como Protásio Alves, João Pessoa,
Ipiranga? Às vezes, o buraco ficou aberto o final de semana inteiro, quando há
menor trânsito na Cidade. Na segunda de manhã, quando a população está se
dirigindo para o trabalho, estão lá consertando aquele buraco, criando um
congestionamento muito grande, o que faz com que se perca a qualidade de vida
das pessoas, que acabam se atrasando para seu trabalho, para a escola, e também
o tempo que despendido parados no engarrafamento do trânsito. Portanto, temos
que avançar nessa questão dos serviços. Sabemos que há toda uma dificuldade, às
vezes, até mesmo de dispêndio, de ter que pagar mais devido a horas extras,
trabalhar à noite ou nos finais de semana, mas é importante porque o que se
perde de tempo parados no trânsito e com as pessoas deixando de trabalhar é o
crescimento da Cidade e até mesmo a qualidade de vida da população, parada em
grandes congestionamentos.
Então, acho que temos que buscar, sim, boas
soluções como essa, Ver. Clàudio Janta, onde se encontre melhor qualidade de
vida das pessoas. Pode contar com o nosso voto, votaremos favoravelmente ao seu
projeto por ser de interesse da Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação a Indicação nº 043/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, logo após a votação da Indicação nº
003/16, passar à discussão e votação do PLL nº 030/14. Após retornaremos à
ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Márcio
Bins Ely. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, logo após à discussão e votação do
PLL nº 030/14, passar à discussão e votação do PLE nº 018/15. Após retornaremos
à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 003/16 – (Proc. nº 0185/16 –
Ver. Clàudio Janta) – ao Governo
Municipal, que sugere a criação e implementação do Programa Orienta POA.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação a
Indicação nº 003/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Indicação nº 003/16.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, é mais um Indicativo que estamos fazendo para o
Executivo, eu acho que é isso que está sobrando para nós, Vereadores, já que os
nossos projetos, em sua grande maioria, são vetados. Então, é um Indicativo que
se chama Orienta POA, no sentido de que as placas de Porto Alegre, hoje em dia,
tenham orientações para as pessoas sobre telefones de emergência. Quando as
pessoas chegarem numa rua, numa avenida principal, no bairro Cidade Baixa, por
exemplo, encontrem os telefones de emergência, não somente dos Bombeiros, da
SAMU, mas da Delegacia da Mulher, da Procuradoria, ou seja, os números que as
pessoas precisam, que tenham placas indicando esses telefones. Seria esse o
projeto Orienta POA, já que os Vereadores pediram que eu explicasse o projeto.
Eu pediria que os Pares votem a favor da Indicação. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver.
Clàudio Janta. Em votação a Indicação nº 003/16. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0415/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
obriga a sinalização de locais que se constituam unidades de conservação
municipais.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da
CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Paulinho Motorista: pela aprovação do
Projeto;
-
da COSMAM. Relatora Verª Jussara Cony: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 16-09-15.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o
PLL nº 030/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a
alteração da ordem da priorização de votação, para que possamos, logo após a
discussão e votação do PLE nº 003/16, passar à votação da Indicação nº 054/15,
de minha autoria. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon. Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, com
relação à última votação, do projeto do Ver. Márcio Bins Ely, aprovado por
unanimidade, eu quero, numa declaração de voto, dizer que votei favoravelmente
e conscientemente apesar da expressão “obriga”, que nos pareceu um exagero e
pode prejudicar o projeto futuramente.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Sim, Vereador.
Obrigado pelo esclarecimento.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1559/15 – PROJETO DE LEI
EXECUTIVO Nº 018/15, que
altera a denominação da efeméride “Dia do Procurador e Assessor Jurídico do
Município de Porto Alegre” para “Dia do Procurador Municipal”, no Anexo da Lei
nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de
Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no
dia 4 de junho.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Paulinho Motorista: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-12-15.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o
PLE nº 018/15. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PLE nº 018/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, eu
entendo que esta alteração dá consequência à criação da Procuradoria-Geral do
Município de Porto Alegre, à unificação das Assessorias Jurídicas na
Procuradoria, e acho que isso não é problema e está bem na ordem jurídica.
Retira o Jurídico e ficam os Procuradores.
Quero apenas
aproveitar para fazer o registro, mais uma vez, da dificuldade que tem o
Município de Porto Alegre diante de algumas corporações. E olhem que tenho
muitos colegas Procuradores – não é nada pessoal –, com os quais tenho relação.
Admiro o trabalho de vários, a construção que fizeram em relação ao efeito
cascata e espero que haja uma boa defesa em relação ao funcionalismo.
Só quero, de novo,
lamentar que o Governo tenha encaminhado um projeto de lei alterando os
salários, os proventos, no início de 2015, dos membros da Fazenda, em especial
dos Fiscais da Fazenda do Município de Porto Alegre, um projeto de lei que vai
resultar em mais de R$ 10 milhões de impacto financeiro neste ano de 2016 e, no
ano de 2017, vai a R$ 17 milhões. Ao final do ano, ao fazer a unificação, os
desdobramentos da unificação da Procuradoria, Ver. Pujol, também causou um
impacto financeiro muito importante, que, neste ano, já é de R$ 17 milhões. O
nosso maior estranhamento é o não apoio majoritário desta Casa ao teto
salarial.
Eu quis aproveitar
este debate do Governo na mudança do nome para dizer que há um debate no
Congresso Nacional – se não me engana é do Deputado Marchezan Júnior, que
propôs o teto salarial para o Brasil, a regulamentação da Constituição Federal. O nosso
entendimento é de que a Constituição já deveria ser clara, mas há muitas fugas,
então, há servidores públicos em diferentes esferas ganhando absurdos, não quer
dizer do mérito, mas quer dizer que o orçamento público não suporta R$ 50 mil,
R$ 60 mil, R$ 100 mil de salário público. Essa é uma questão que tem que ser
colocada exemplarmente para este País. No caso dos projetos de lei, nós não
conseguimos, nesta Casa, no âmbito municipal, estabelecer o teto; mas a Bancada
do PT entrou com um projeto de lei específico e nos surpreendemos com o
Deputado Marchezan – Ver. Alex e Ver. Pujol -, que está tentando votar agora no
Congresso Nacional.
Então, nós
temos um projeto que queremos que tramite de forma breve. Queria chamar a
atenção dos Vereadores da CCJ, que olhem com muito cuidado, porque queremos
estabelecer em Porto Alegre, e exemplarmente para o Brasil, a determinação de
que os dois Poderes – Legislativo e Executivo – cumpram o constitucional, que é
o teto salarial do Prefeito Municipal. Acreditamos que isso garante uma
equidade. Não retira a diferenciação, a valoração de diferentes cargos, mas
coloca um limite no salário do Prefeito, e isso dá condições para uma
Prefeitura, para um Estado pagar de forma digna o conjunto dos funcionários.
Nós vamos aprovar a mudança, aqui, dos procuradores, mas queremos dizer que
infelizmente mais de 400 funcionários do Município de Porto Alegre recebem mais
do que o Prefeito. Ao lado disso, eu diria que milhares de funcionários, porque
só na educação termos as terceirizadas da cozinha e da limpeza que estão lá no
salário mínimo, as creches comunitárias – que são 240 – que atendem de zero a
cinco anos, terceirizadas da Prefeitura e o salário desses servidores é muito
baixo. São dois pesos e duas medidas: mais de 400 funcionários com salários
maiores do que o Prefeito e milhares com salário mínimo, às vezes até com
completivo para chegar ao salário mínimo, trabalhando para o serviço público.
Creio que essa injustiça, essa incongruência não é aceitável. Nós vamos votar
favorável, mas queremos, aqui, o empenho desde já, vamos trabalhar muito com V.
Exas. para estabelecermos o teto salarial de todos os proventos. Parece-me
bastante justo, ninguém vai ganhar mal se ganhar o salário do nosso Prefeito
Municipal.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. MÁRCIO
BINS ELY (Requerimento): Sr. Presidente,
solicito, em nome da bancada do meu partido, alteração da ordem da priorização
de votação para que possamos, logo após a votação do PLL nº 058/13, passar,
conforme segue: primeiro lugar, o Requerimento nº 129/15, e, após, a Indicação
nº 050/15, o PLL nº 048/14 e o PLL nº 023/14. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, quanto à matéria em votação, quero
tranquilizar a Ver.ª Sofia de que este projeto não altera em nada a discussão
nacional e que, se houver alguma determinação de legislação superior, o Município não terá outra alternativa
senão se adequar.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, após o Requerimento de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, solicitando alteração da ordem de votação, passar à
discussão e votação do PLL nº 058/13. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): Em votação o PLE nº
018/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Márcio
Bins Ely. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Indicação nº 054/15. (Pausa.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, o nome do clube está errado. Em respeito à torcida do
Grêmio, que joga hoje, não podemos votar esse projeto. É Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense. Está errado. Não tem como votar esse projeto em respeito à torcida
do Grêmio que joga hoje, que depois vai nos acusar de não saber... Nós temos dois
clubes grandes em Porto Alegre, aí não sabemos o nome de um clube de Porto
Alegre e votamos um projeto nesta Casa sem saber o nome correto. Temos até um
Vereador que jogou neste clube. Acho que deveríamos adiar esse projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Vereador, não estamos tratando do Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense, estamos tratando de uma praça que se chama Grêmio Futebol
Clube Porto-Alegrense.
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr. Presidente, acho relevante a colocação, mas é uma matéria que pode
ser resolvida com facilidade: a Casa, ao aprová-la, determina que em redação
final se faça os ajustes necessários, especialmente com relação à identificação
do nome da praça, que provavelmente seja Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que
é o nome do nosso clube.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Delegado Cleiton, agradeço o Ver. Pujol, e gostaria de lamentar,
Ver. Clàudio Janta, que V. Exa. se apegasse a um detalhe. Não tem nada a ver
com jogo, eu acho que é aí que a sociedade não respeita esta Câmara, quando a
gente brinca com questões sérias. Neste caso, é uma academia de ginástica, de
atividades físicas, que uma comunidade fez abaixo-assinado e para se colocar
nesta praça, com este novo. Mas acolho a revisão final da CCJ.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Presidente, eu sou o 25 no clube, porque eu sou a
torcida. O nº 7 assume junto comigo a responsabilidade.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 054/15 – (Proc. nº 3001/15 –
Verª Sofia Cavedon) – ao Governo
Municipal, que sugere a instalação de equipamentos esportivos (academia ao ar
livre) e a reforma dos equipamentos existentes na Praça Grêmio Futebol Clube
Porto-Alegrense, localizada em frente ao Condomínio Residencial Presidente
Castelo Branco, situado na Rua Eurico Lara, nº 161, no Bairro Medianeira.
O
SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação a Indicação nº 054/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
(O Ver. Márcio Bins Ely assume a presidência dos trabalhos.)
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 129/15 – (Proc. nº 2332/15 – Ver. Delegado
Cleiton) – requer seja encaminhada Moção de
Solidariedade ao Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico –
DENARC –, pela realização das Operação Gênesis, no Bairro Restinga, e Laranja
Mecânica em ação conjunta com o Gabinete de Inteligência e Assuntos
Estratégicos – GIE.
O SR. PRESIDENTE (Márcio Bins Ely): Em votação o Requerimento nº 129/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 050/15 – (Proc. nº 2837/15 – Ver. Delegado
Cleiton) – ao Governo Municipal, que sugere a criação e implantação, na cidade de
Porto Alegre, da “Parada de Ônibus Verde”, com teto verde e energia solar.
O SR.
PRESIDENTE (Márcio Bins Ely): Em votação a Indicação nº 050/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
(Ver. Delegado Cleiton reassume a presidência dos
trabalhos.)
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0593/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 048/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
garante à parturiente o direito à presença de acompanhante no processo de
parto, em hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS),
e dá outras providências.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relatora
Verª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator
Ver. Marcelo Sgarbossa: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 08-07-15.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o PLL nº 048/14. (Pausa.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, como visualmente não há quórum,
acho que não devemos votar projetos importantes, portanto solicito verificação
de quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum.
Está encerrada a Ordem do Dia e os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h09min.)
* * * * *